PSB confirma candidatura de Márcio França a prefeito de São Paulo
Convenção foi realizada com medidas de segurança pela pandemia da covid-19. Candidato teceu críticas ao presidente Jair Bolsonaro e ao governador João Doria
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Foto: Joyce Cury/Divulgação
Realizada na manhã desta sexta-feira (11 set.) no plenário da Câmara Municipal de São Paulo, a convenção do PSB para as eleições de novembro não teve a festa que se costumava ver neste tipo de evento. Votação remota e discursos curtos reforçaram a idéia de uma reunião dentro dos padrões exigidos em tempos de pandemia.
Mas a estratégia não foi suficiente para evitar aglomeração. Embora todos estivessem de máscara, o espaço ficou lotado.
A convenção definiu os 80 candidatos e candidatas a vereador pelo partido em São Paulo e confirmou o nome de Márcio França como representante da coligação formada pelo PSB com o PDT -- partido do candidato a vice, Antônio Neto --, Solidariedade, PMN e Avante na disputa pela prefeitura da capital paulista neste ano.
A aliança dará a Márcio França o 2º maior tempo de televisão da campanha, menor apenas que o do atual prefeito Bruno Covas. Ao discursar, França, poupou de críticas o candidato do PSDB, segundo ele, por respeito ao avô prefeito, o ex-governador Mário Covas, de quem o candidato do PSB diz ter sido amigo e admirador. Mas afirmou discordar de como Bruno Covas administra a cidade.
Não faltaram ataques ao governador João Doria, adversário de Márcio França nas eleições de 2018, e ao presidente Jair Bolsonaro. França afirmou que não será subordinado ao presidente, caso chegue à prefeitura.
"Aqui em São Paulo, nenhum dos dois manda", afirmou durante o discurso. Segundo ele, tanto o governador quanto o presidente da República "não têm plano" para a economia.
Márcio França disse ainda que pretende instituir em São Paulo um programa de investimento emergencial inspirado no Plano Marshall, implementado pelos Estados Unidos após a Segunda Guerra Mundial, para recuperar a economia dos países da Europa, arrasada durante o conflito. A idéia é partir de janeiro, primeiro mês da gestão, criar frentes de trabalho na área de zeladoria da cidade com pagamento de um valor mensal, com recursos vindos da demissão funcionários não concursados e a extinção de cargos comissionados.
Com 57 anos de idade, Márcio França já foi duas vezes prefeito de São Vicente na Baixada Santista, deputado federal, vice-governador e, em 2018, governador de São Paulo por 9 meses, quando o titular Geraldo Alckmin deixou o cargo para disputar a eleição presidencial. Candidatou-se ao governo do Estado no mesmo ano e perdeu a eleição no 2º turno para João Doria por uma diferença de 741 mil votos. Na capital, teve quase 1 milhão a mais que o adversário.
Márcio França aposta nesse desempenho alcançado entre os paulistanos nas últimas eleições que para conquistar, neste ano, a prefeitura da capital. "Isso serviu como um chamado", afirmou.
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