Intenção de consumo das famílias cresce 0,5% em junho e mantém índice positivo
Resultado foi influenciado pelo acesso ao crédito e pelo aquecimento do mercado de trabalho
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A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) avançou 0,5% em junho, totalizando 102,2 pontos no mês. Esse é o terceiro aumento consecutivo do índice, apurado mensalmente pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o que mantém a zona de satisfação positiva – acima dos 100 pontos.
Conforme os dados, o resultado é atribuído ao acesso ao crédito, que ficou estável no período mesmo com os desafios enfrentados pelo mercado devido às enchentes no Rio Grande do Sul. Ao todo, 31,4% dos entrevistados consideraram mais fácil o acesso ao crédito, o mesmo percentual de maio, enquanto 37,8% consideraram mais difícil.
O resultado também foi influenciado pelo mercado de trabalho, que avançou 3,8% em 12 meses até abril. Com as condições empregatícias aquecidas e o acesso ao crédito mais seletivo, as famílias avaliaram positivamente o nível de consumo atual. O cenário, no entanto, é visto com cautela, já que a inadimplência continua alta (78%).
No geral, a ICF aumentou em ambas as faixas de renda analisadas, com maior intensidade nas famílias com renda abaixo de 10 salários mínimos (alta de 1,4%). Já entre as famílias com renda acima de 10 salários mínimos, o aumento foi de 0,7%.
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Na visão para os próximos meses, a perspectiva de consumo cresceu 0,5% nas famílias de maior renda e 0,9% naquelas com menor renda. “As famílias de menor renda têm maior avanço na perspectiva de consumo por conta da melhora da percepção do emprego, apesar da dificuldade de acesso ao crédito”, explica o economista-chefe da CNC, Felipe Tavares.