Custo da cesta básica cai em 12 capitais pesquisadas pelo Dieese em outubro
Produtos como tomate, leite integral e feijão carioquinha influenciaram queda
Camila Stucaluc
O custo da cesta básica registrou queda em 12 das 17 capitais pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) em outubro. Segundo os dados, a redução mais expressiva para o mês ocorreu em Natal (-2,82%), enquanto a maior elevação foi observada em Fortaleza (1,32%).
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Porto Alegre foi a capital onde o conjunto dos alimentos básicos apresentou o maior custo (R$ 739,21), seguida de Florianópolis (R$ 738,77) e São Paulo (R$ 738,13). No Norte e Nordeste, onde a composição da cesta é diferente, os menores valores médios foram registrados em Aracaju (R$ 521,96), João Pessoa (R$ 554,88) e Recife (R$ 557,10).
O produto que apresentou maior diminuição foi o tomate, com variações entre -19,55% em Natal e -2,71% em Porto Alegre. O mesmo ocorreu com o leite integral, que registrou variações de -6%, e o quilo do feijão carioquinha, que caiu em todas as capitais. O quilo da batata, por sua vez, aumentou em todas as regiões pesquisadas, assim como o arroz agulhinha.
Quando comparado o custo da cesta e o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto de 7,5% da Previdência Social, verifica-se que o trabalhador comprometeu, em média, 52,72% do rendimento para adquirir os produtos alimentícios básicos. O número representa uma pequena queda em relação ao mês de outubro, quando foi contabilizado 53,09%.
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Com base na cesta mais cara, o Dieese estima que o salário mínimo necessário (hoje em R$ 1.320) para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria ter sido de R$ 6.210,11 ou 4,70 vezes o piso atual. No mês anterior, o valor necessário era de R$ 6.280,93, o equivalente a 4,76 vezes o piso mínimo.