Guedes garante que não deixará "herança maldita" para próximo governo
Na divulgação do relatório mensal, ministro fez um "discurso de despedida antecipado"
A divulgação do relatório macroeconômico do ministério da Economia, nesta 3ª feira (22.nov), teve um ar de despedida antecipada do chefe da pasta, Paulo Guedes. Ele agradeceu à equipe de secretários presentes, como Esteve Colnago, do Tesouro e Orçamento; Paulo Valle, do Tesouro Nacional e Ariosto Culau, do Orçamento Federal.
"Quero agradecer a todo o time. Eu saio para o meu consolo, mas eles ficam. Vão continuar apanhando", disse Guedes sem contar onde seria o descanso e emendando um breve balanço.
O ministro lembrou que, em 2019, a despesa primária estava em 19,5% do Produto Interno Bruto (PIB). Um ano depois aumentou para 26,1%. Mas, em 2021, caiu para 18,6% e deve concluir o ano em 18,9%.
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Também falou da dívida pública. No período de governo chegou a 88,6% -- e não a 100%, como acreditavam economistas. O ano deve ter um fechamento com 74,3%. Guedes garantiu que não deixará uma "herança maldita" ou "bomba fiscal" para o sucessor -- ainda desconhecido.
A equipe de transição do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva tem afirmado que o orçamento de 2023 -- da forma como está -- é impossível de ser praticado sem prejudicar programas sociais e serviços públicos essenciais.