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Economia

Número de empresas inadimplentes cresce mesmo com sinais positivos da economia

Serasa Experian revela que 6,3 milhões de PJs estavam inadimplentes em setembro; micros e pequenas são maioria

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Inadimplência das empresas
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O número de empresas brasileiras com o nome no "vermelho" em setembro bateu nos 6,3 milhões. O levantamento é da Serasa Experian e aponta uma alta de 1,6% nos números totais em relação ao índice de agosto.

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Dívidas negativadas

O montante de dívidas no negativo bateu em 44,6 milhões. Em volume financeiro, o estoque atingiu os R$ 105,2 bilhões somente no mês de referência. 

Outros

A maior parte das contas em atraso foi contraída dentro da categoria "Outros", que inclui fornecedores e parceiros. Foram feitas 28,9% das dívidas junto a empresas que integram este recorte. Na sequência Serviços, com 27,1%. Veja quadro completo abaixo:  

gráfico SERASA
Dívidas por setor | Reprodução/ Serasa Experian

Origem dos devedores

O setor de Serviços também concentrou a maioria das empresas endividadas: foram 53,3% do total. Depois, pela sequência, aparecem Comércio (37,7%), Indústria (7,8%), Setor Primário (0,8%) e Outros (0,4%). 

Porte das empresas

Micro e pequenos negócios encabeçam o Indicador de Inadimplência das Empresas da Serasa Experian de setembro. Nada menos que 5,6 milhões de negócios de micro e pequeno porte estavam negativados: 5% a mais do que no ano passado. Serviços teve a maior participação, de 52,2%, seguido pelo Comércio, com 39,4%. Em sequência estavam as Indústrias (7,9%) e Demais (0,5%). "As empresas menores tendem a demorar mais tempo para se reerguer, mesmo com a economia estável", afirma Cleber Genero, o vice-presidente de Pequenas e Médias Empresas da Serasa Experian. A saída, sugere ele, é definir uma estratégia: "É importante planejar uma organização financeira e buscar soluções práticas que auxiliem a cobrança assertiva de clientes e a renegociação de dívidas com parceiros e fornecedores".

Por região do país

São Paulo é o estado brasileiro com mais nomes no vermelho, entre as empresas. Foram apontadas 2.048.614 no mês passado. A seguir vem Minas Gerais, com 610 mil empresas. Rio de Janeiro em terceiro, com 557 mil. Depois Paraná, com 398 mil, e Rio Grande do Sul com 351 mil inadimplentes. 

Longo prazo

Mesmo com alguns sinais positivos na economia, o quadro da inadimplência tende a se resolver mais no longo prazo. "A diminuição da inadimplência depende de uma melhora contínua e prolongada. Estamos começando a ver um cenário mais estabilizado agora, mas é necessária uma tendência positiva consolidada para que esse índice de fato comece a regredir", salienta o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi. Outro aspecto reforçado por ele diz respeito à saúde financeira do consumidor pessoa física, determinante para tirar as PJs do negativo. "Quando os consumidores conseguirem limpar seus nomes, vão quitar suas dívidas com as empresas. Essas, por sua vez, com um melhor fluxo de caixa, poderão honrar os compromissos financeiros com parceiros e fornecedores e, dessa forma, a inadimplência da pessoa jurídica tende a diminuir", diz Rabi. 

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