Indústria: produção em queda e emprego em alta, só que em ritmo menor
Sondagem Industrial da CNI mostra tendências conforme conjuntura do terceiro trimestre do ano
Pablo Valler
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) revela em pesquisa que, após quatro altas consecutivas, a produção começa a cair. A Sondagem Industrial tem um índice que vai de 0 a 100. A linha divisória dos 50 mostra se a maioria acredita em cenário positivo ou negativo. Como, por exemplo, com a produção, que saiu dos 54,5 pontos de agosto e foi para 49 em setembro.
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Além disso, no mês de outubro, a indústria se mostrou menos otimista em relação aos próximos seis meses com queda das expectativas de demanda dos produtos pelo mercado, das exportação, na compra de insumos e de contratação de empregados. Ainda assim, a maioria das expectativas permanece positiva.
Como exemplo tem a intenção de investimento, que recuou 1,6 ponto para 57,4 pontos.
Assim como o indicador de evolução do preço de matérias-primas ficou em 56,2 pontos entre julho e setembro deste ano, uma queda de pouco mais de dez pontos em relação a abril e junho, quando registrou 66,9 pontos.
Desde o início da pandemia no primeiro trimestre de 2020, a falta ou o alto preço da matéria-prima tem sido o principal entrave à produção, lembra Larissa Nocko, economista da CNI.
"Apesar da desaceleração da produção em setembro e das expectativas menos otimistas, a normalização da cadeia e suprimentos é um elemento central para a retomada do ritmo de produção industrial", explica.
O emprego avançou pelo quinto mês. O índice ficou em 51,4 pontos. Foram consultadas 1.739 empresas, sendo 696 pequenas, 601 médias e 442 grandes, entre 1º e 11 de outubro de 2022.