No Brasil, dólar cai a R$ 5,03 com estabilização da inflação nos EUA
Mercado já crê em ajuste menos agressivo nos juros americanos, o que para economista é um exagero
![No Brasil, dólar cai a R$ 5,03 com estabilização da inflação nos EUA](/_next/image?url=https%3A%2F%2Fsbt-news-assets-prod.s3.sa-east-1.amazonaws.com%2FEconomia_92b1fc75d8.jpg&w=1920&q=90)
A estabilidade nos preços ao consumidor americano, divulgada nesta 4ª feira (10.ago), fez operadores do mercado financeiro em todo o mundo acreditarem que o Federal Reserve (FED) não será mais agressivo quanto aos rejustes na taxa básica de juros -- atualmente entre 2,25% e 2,5%.
+ Leia as últimas notícias no portal SBT News
A próxima reunião do FED deve ser em meados de setembro. Até então, a maioria acreditava que seria fixada mais um alta -- a quarta seguida -- de 0,75 pontos percentuais (p.p.) -- para a margem entre 3% e 3,25%. Agora, o que se vê é uma projeção de aumento de 0,50 p.p.
Para o doutor e professor do Instituto Mauá de Tecnologia, Ricardo Ballistiero, é uma reação exagerada: "Não acredito que o banco central americano, por conta do preço ao consumidor, vá mudar sua trajetória. Na realidade, eles levam mais em consideração o PCE (sigla em inglês para o Índice de Despesas de Consumo Pessoal). Se nós pegarmos em termos anuais a inflação americana está em 8%. Muito alta para os padrões deles".
Mesmo longe dessa confirmação do FED, que indicaria menos chances de uma recessão nos EUA, e ainda com tempo e possibilidades de outros fatores negativos surgirem até a próxima reunião, bolsas internacionais já tiveram como consequência um aumento nas negociações.
Outro reflexo é a desvalorização do dólar. No Brasil, cotado a R$ 5,13 na véspera e iniciando a manhã desta 4ª feira a R$ 5,03, com sustentação, permanecendo bem perto disso, a R$ 5,05 no meio da tarde. Porém, em época de corrida eleitoral no país, não deve permanecer estável.
Leia também: