Guedes diz que privatização da Petrobras não acontecerá "neste mandato"
Em viagem à França, ministro da Economia disse apoiar a venda da estatal à iniciativa privada
SBT News
O ministro da Economia, Paulo Guedes, descartou um possível movimento do Governo Federal a favor da privatização da Petrobras ao longo deste ano. A declaração foi dada, nesta 3ª feira (29.mar), durante entrevista coletiva na embaixada brasileira em Paris, na França.
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Segundo Guedes, a venda da estatal à iniciativa privada nunca esteve nos planos do presidente Jair Bolsonaro em um primeiro mandato. "O presidente disse expressamente que não privatizaria a Petrobras neste mandato, o primeiro mandato. Nunca disse nada sobre o segundo mandato", argumentou.
O ministro também afirmou ser a favor da privatização da petroleira, mas que a decisão final cabe somente a Bolsonaro. "Quando penso em Petrobras, penso que a gente deveria privatizar a Petrobras, mas eu não tenho votos. Sou só um ministro da Economia. Eu não tenho nada a comentar sobre a Petrobras", disse Guedes, acrescentando que o único nome indicado por ele para presidir a estatal foi o do economista Roberto Castello Branco, que comandou a empresa entre janeiro de 2019 e fevereiro de 2021.
Além disso, Guedes minimizou o impacto da recente troca na presidência da companhia. Nesta 2ª feira (28.mar), o atual presidente da Petrobras, general Joaquim Silva e Luna, foi avisado pelo Governo de que seria demitido do cargo. Mais tarde, no mesmo dia, o Planalto confirmou a indicação do economista Adriano Pires para o posto. Para Paulo Guedes, a mudança não terá consequências práticas nas políticas de gestão da estatal. "Não acho que essa mudança seja um fator importante, não mesmo. Não espero que tenha efeitos reais", concluiu.
Ao longo da entrevista, o ministro da Economia se comprometeu em executar outros planos de privatização até o final deste ano, citando, por exemplo, as vendas da Eletrobras e dos Correios. Guedes falou ainda que pretende avançar com as concessões de portos brasileiros e dos aeroportos do Galeão e de Santos Dumont, no Rio de Janeiro, e de Congonhas, em São Paulo.
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