Custos da construção crescem 0,72% em janeiro, diz IBGE
Gasto por metro quadrado, que fechou 2021 em R$ 1.514, passou para R$ 1.525

SBT News
O Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi), divulgado nesta 4ª feira (9.fev) pelo IBGE, subiu 0,72% em janeiro. A variação percentual em relação a dezembro de 2021 foi de 38.46%. No acumulado dos últimos 12 meses, a taxa é de 17,17%, resultado abaixo dos 18,65% registrados nos doze meses imediatamente anteriores.
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O custo nacional da construção por metro quadrado, que fechou 2021 em R$ 1.514,52, passou para R$ 1.525,48 em janeiro, sendo R$ 915,79 relativos aos materiais e R$ 609,69 à mão de obra.
"O início de 2022 foi marcado por uma menor pressão de aumento de preços", explica Augusto Oliveira, gerente do Sinapi. Segundo ele, janeiro é o terceiro mês consecutivo em que a parcela dos materiais exerce uma menor pressão na variação mensal. Em novembro, a parcela de materiais teve alta de 1,66%, em dezembro de 0,76% e, em janeiro, de 0,63%.
"Em relação à mão de obra, fora os acordos coletivos em Alagoas, Tocantins e Piauí, janeiro tem como característica o impacto do aumento do salário mínimo nacional nas categorias sem qualificação, que têm piso muito próximo a esse valor. Serventes e auxiliares têm um reajuste que não é relacionado aos dissídios captados, mas porque as empresas precisam se adequar ao novo piso nacional, que teve alta de 10,2%", analisa.
A parcela dos materiais de construção apresentou variação de 0,63%, queda de 0,13 pontos percentuais em relação a dezembro de 2021 (0,76%). Frente a janeiro de 2021 (2,96%), observa-se queda mais significativa, de 2,33 pontos percentuais. "A inflação dos materiais está desacelerando e estamos, inclusive, encontrando uma deflação em certos produtos como os pertencentes do segmento do aço", pontua Oliveira.
Já a parcela da mão de obra teve uma contribuição maior para o índice agregado, com taxa de 0,87%. Assim, os acumulados em 12 meses ficaram em 25,22% (materiais) e 6,87% (mão de obra).
Com alta na parcela dos materiais em todos os estados e ajustes observados nas categorias profissionais no Tocantins, a Região Norte ficou com a maior variação regional em janeiro: 1,24%. Entre os estados, Alagoas foi o que apresentou a maior variação mensal, com 4,30%.
As demais regiões apresentaram os seguintes resultados: 1,05% (Nordeste), 0,48% (Sudeste), 0,32% (Sul) e 0,79% (Centro-Oeste).