Ginecologista acusado de cometer abuso sexual segue em liberdade
Pelo menos 17 vítimas já sofreram com o médico, cinco em Pernambuco e 12 em São Paulo, sendo uma delas menor de idade e outra, grávida
Primeiro Impacto
Um ginecologista acusado de abusar sexualmente de pacientes, cinco em Pernambuco e 12 no estado de São Paulo, sendo uma das vítimas menor de idade e outra, grávida, responde aos processos em liberdade. O médico, José Adagmar Pereira de Moraes, chegou a ser preso em outubro de 2020, mas a Justiça revogou a prisão preventiva.
Segundo advogada de uma das vítimas, o ginecologista utilizava métodos, como a frase "o que acontece no consultório fica no consultório", para convencer as pacientes de que os abusos normais e parte do procedimento médico.
De acordo com depoimentos das mulheres abusadas, José introduzia o dedo nos órgãos genitais e no ânus, e tinha condutas indevidas para procedimentos ginecológicos, como retirar as luvas durante exames.
A Secretária de Segurança Pública de São Paulo informou que o caso foi registrado na Delegacia da Mulher de Suzano (SP). Já o Tribunal de Justiça do estado afirmou que o processo tramita em segredo e por isso, não há mais informações disponíveis.
O Conselho Regional de Medicina de São Paulo (CREMESP) enviou uma nota afirmando que o registro do ginecologista está interditado cautelarmente desde 13 de novembro de 2020.