Crime
Atropelador de menina diz que "família também tem parcela de culpa"
Motorista quebra silêncio e fala com exclusividade ao Primeiro Impacto sobre a morte de Yohana Gabriele, de 5 anos em Colombo (PR)
Primeiro Impacto
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O acusado de atropelar a menina Yohana Gabriele, de 5 anos, falou com exclusividade à reportagem do Primeiro Impacto e quebrou o silêncio sobre o caso, que aconteceu em Colombo, no Paraná.
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Luís Henrique dos Santos, 28 anos, se apresentou à polícia e teve foto e identidade reveladas. Porém, aceitou dar entrevista sem aparecer no vídeo. Quando foi à delegacia, o condutor não falou com a imprensa e estava acompanhado por um advogado.
Ele diz que passou o dia na casa da sogra, em uma cidade próxima, e afirmou que quando sai de casa, não bebe. "Quando eu cheguei ali no local do acidente, eu ?tava? do lado esquerdo, na última faixa da esquerda. Eu avistei duas pessoas em cima da mureta. Quando eu cheguei próximo a eles, a criança atravessou correndo na frente do carro. Minha única reação foi tentar puxar o volante pro lado, mas, infelizmente, não deu tempo", afirmou.
De acordo com o acusado, o carro branco que é visto nas imagens não prova que é o dele, e que isso é um "trabalho para a perícia identificar se é o meu ou não". Ele diz que não estava em alta velocidade. "Eu não vi se ela foi arremessada, isso eu não vi. Mas eu vi que a criança passou correndo na frente e infelizmente, bateu", disse.
Luís Henrique afirma que, depois do acidente, a mulher começou a gritar e chorar, além de estar com o filho de 1 ano no veículo e que, por isso, não parou para prestar socorro. Ele diz que os familiares dele viram o desespero, quando chegou em casa, e não deixaram que o acusado retornasse ao local do atropelamento.
"É uma dor, né? É uma criança. Criança não tem culpa de nada, é uma pessoa inocente. E eu tenho filho, eu sei bem como é, como deve ter sido. Bem difícil né? Principalmente pra família", afirma.
O motorista também diz que a família "também tem parte de culpa", pois cometeram uma "irresponsabilidade" por não atravessarem na faixa de pedestres. "Se estavam com um carrinho, porquê estavam pulando uma mureta que divide dois lados da rodovia? Isso é uma coisa perigosa com três crianças. [...] Então, querendo ou não, eles têm uma parte de culpa nisso, não só eu", disse Luís, que também relata ameaças de morte e que não está saindo de casa. O acusado já tem passagens pela polícia por roubo e estava com a carteira de habilitação suspensa.
"Não [me considero assassino], não fiz porque eu quis. Assassino é quem mata porque quer", finalizou o acusado.
O veículo utilizado no dia do atropelamento estava em uma oficina mecânica e os policiais desconfiaram da situação: a suspeita é que Luís Henrique queria retirar as avarias no veículo antes de se apresentar à polícia. O acusado diz que o carro estava "desmontado" e que não foi por conta da batida.
O acusado não foi preso, pois foi à delegacia. Ele deve ser indiciado por homicídio e omissão de socorro, além de possível fraude processual, já que teria levado o carro para ser consertado.
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Luís Henrique dos Santos, 28 anos, se apresentou à polícia e teve foto e identidade reveladas. Porém, aceitou dar entrevista sem aparecer no vídeo. Quando foi à delegacia, o condutor não falou com a imprensa e estava acompanhado por um advogado.
Ele diz que passou o dia na casa da sogra, em uma cidade próxima, e afirmou que quando sai de casa, não bebe. "Quando eu cheguei ali no local do acidente, eu ?tava? do lado esquerdo, na última faixa da esquerda. Eu avistei duas pessoas em cima da mureta. Quando eu cheguei próximo a eles, a criança atravessou correndo na frente do carro. Minha única reação foi tentar puxar o volante pro lado, mas, infelizmente, não deu tempo", afirmou.
De acordo com o acusado, o carro branco que é visto nas imagens não prova que é o dele, e que isso é um "trabalho para a perícia identificar se é o meu ou não". Ele diz que não estava em alta velocidade. "Eu não vi se ela foi arremessada, isso eu não vi. Mas eu vi que a criança passou correndo na frente e infelizmente, bateu", disse.
Luís Henrique afirma que, depois do acidente, a mulher começou a gritar e chorar, além de estar com o filho de 1 ano no veículo e que, por isso, não parou para prestar socorro. Ele diz que os familiares dele viram o desespero, quando chegou em casa, e não deixaram que o acusado retornasse ao local do atropelamento.
"É uma dor, né? É uma criança. Criança não tem culpa de nada, é uma pessoa inocente. E eu tenho filho, eu sei bem como é, como deve ter sido. Bem difícil né? Principalmente pra família", afirma.
O motorista também diz que a família "também tem parte de culpa", pois cometeram uma "irresponsabilidade" por não atravessarem na faixa de pedestres. "Se estavam com um carrinho, porquê estavam pulando uma mureta que divide dois lados da rodovia? Isso é uma coisa perigosa com três crianças. [...] Então, querendo ou não, eles têm uma parte de culpa nisso, não só eu", disse Luís, que também relata ameaças de morte e que não está saindo de casa. O acusado já tem passagens pela polícia por roubo e estava com a carteira de habilitação suspensa.
"Não [me considero assassino], não fiz porque eu quis. Assassino é quem mata porque quer", finalizou o acusado.
O caso
Luiz Henrique dos Santos atropelou e matou a menina na Estrada da Uva, em Colombo (PR) em 2 de janeiro. Testemunhas afirmaram que o carro avançou o sinal e estava em alta velocidade. A família da menina tentava atravessar a via quando Yohana foi atingida. Ela foi socorrida, mas não resistiu aos ferimentos.O veículo utilizado no dia do atropelamento estava em uma oficina mecânica e os policiais desconfiaram da situação: a suspeita é que Luís Henrique queria retirar as avarias no veículo antes de se apresentar à polícia. O acusado diz que o carro estava "desmontado" e que não foi por conta da batida.
O acusado não foi preso, pois foi à delegacia. Ele deve ser indiciado por homicídio e omissão de socorro, além de possível fraude processual, já que teria levado o carro para ser consertado.
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