"Não costumo falar de quem eu não conheço", diz Lira sobre crítica de Lula
O presidente da Câmara rebateu as declarações do petista sobre ele agir como um "imperador"
SBT News
O presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), respondeu nesta 3ª feira (3.maio) às críticas feitas a ele pelo ex-presidente Lula (PT), que o comparou ao imperador do Japão. Mais cedo, o petista criticou o deputado.
"O presidente Lula vem cometendo atos falhos o tempo todo, não é só comigo. Ele me comparar, dizendo que eu sou poderoso, ao imperador do Japão, ele comete um ato falho da política mundial muito grave. Ele bateu foi no primeiro-ministro do Japão, que é quem tem o poder lá, porque o imperador lá não manda em nada. Comparar a minha presidência, e os deputados do PT podem falar sobre ela, o presidente Lula não tem o que falar sobre o deputado Arthur Lira porque ele não me conhece, nunca conversou comigo, nunca tomou um café, nunca bati um papo, nunca tive o prazer ou o desprazer de estar com ele. Então, eu não costumo falar de quem eu não conheço e emitir juízo sobre pessoas que eu não conversei", destacou.
Lira ressaltou ainda que só quem pode retirar o deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ) da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) é o líder do partido, o deputado federal Paulo Bengtson (PTB-PA). "Eu queria deixar bem claro que o regimento interno da Câmara, enquanto estiver o deputado no mandato, a participação daquele deputado em qualquer comissão, só quem pode indicá-lo é o líder do partido, e só quem pode retirá-lo, é o líder do partido. Essa questão e essa pergunta tem que ser feita clara e objetivamente ao PTB e ao seu líder Paulo Bengston. Não a mim e nem à Câmara dos Deputados", destacou Lira.
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O presidente da Câmara foi questionado ainda sobre a tensão entre os Poderes Executivo e Judiciário e falou em "saída negociada" para "aliviar o momento de pressão". "Tenho conversado muito de perto com o presidente Rodrigo Pacheco, com o presidente Fux, com o presidente Bolsonaro, nós vamos encontrar uma saída negociada para aliviar o momento de tensão, de pressão, quase que de um período pré-eleitoral. Então, todo o trabalho para a manutenção das relações límpidas e claras, da relação institucional entre os Poderes, nós vamos fazer, para que isso não tenha nenhum tipo de descontinuidade", avaliou.