Em ofício, Barros pede à CPI para ser ouvido antes do recesso parlamentar
Comissão quer marcar depoimento do líder do governo na Câmara para 20 de julho
O líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), enviou um ofício à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia para pedir que seu depoimento seja feito antes do recesso parlamentar. A cúpula do colegiado quer marcar a oitiva do deputado para 20 de julho a fim de esclarecer a participação dele nos supostos casos de corrupção no Ministério da Saúde.
"Rogando para que seja respeitado meu direito a me manifestar para esclarecimento dos fatos na CPI, requeiro a Vossa Excelência a designação da data de minha oitiva antes do recesso parlamentar, a fim de cessar todas as especulações que foram e vêm sendo criadas - muitas das quais já desmentidas até mesmo pelo teor do depoimento daqueles que já foram ouvidos pela CPI - porém que continuam alimentando acusações absolutamente infundadas", escreveu.
Segundo o deputado Luis Miranda (DEM-DF), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) teria citado o nome de Barros na conversa com ele e o irmão, o servidor da Saúde Luis Ricardo Miranda, na qual teriam avisado o chefe do Executivo sobre uma "pressão atípica" por parte de alguns integrantes do ministério pela liberação da vacina indiana Covaxin.
Para Barros, a marcação do depoimento para 20 de julho "tem como efeito postergar a oitiva para após o recesso parlamentar, enquanto meu nome continua sendo citado inúmeras vezes em todas as sessões da CPI, tanto nas perguntas como nas manifestações de Vossa Excelência, do relator e dos demais senadores. Tudo isso sem que me seja garantido o direito constitucional de comparecer e esclarecer todos os fatos perante a CPI".
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