Katia Abreu diz que Ernesto foi "bússola" que levou Brasil ao caos
Senadora chamou o ex-ministro das Relações Exteriores de "negacionista compulsivo"
Gabriela Vinhal
A presidente da Comissão das Relações Exteriores no Senado, Katia Abreu (PP-TO), disse nesta 3ª feira (18.mai), na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia, que o ex-ministro das Relações Exteriores Ernesto Araújo foi uma "bússola" que levou país ao caos da diplomacia.
"O senhor é um negacionista compulsivo, omisso! O senhor no Ministério das Relações Exteriores foi uma bússola que nos direcionou para o caos, para um iceberg, para um naufrágio, bússola que nos levou para o naufrágio da política internacional, da política externa brasileira", ressaltou.
Segundo a senadora, o ex-chanceler é um "negacionista compulsivo" e tem uma "memória leviana". Isso porque Araújo afirmou que nunca deu declarações "anti China", mesmo após escrever um artigo chamado "Comunavírus".
"Imagino que o senhor tenha uma memória seletiva para não dizer uma memória leviana. O senhor não se lembra de nada que importa do que ocorreu efetivamente. E se lembra de questões mínimas, supérfluas, e até mesmo não verdadeiras", completou.
Antes de deixar o cargo pressionado por senadores, Araújo atacou Kátia nas redes sociais. O ex-ministro disse que a parlamentar estaria interessada na licitação da tecnologia 5G chinesa.
Kátia rebateu o ministro e disse que o "Brasil não pode mais continuar tendo, perante o mundo, a face de um marginal". "Alguém que insiste em viver à margem da boa diplomacia, à margem da verdade dos fatos, à margem do equilíbrio e à margem do respeito às instituições", escreveu.