Otan diz que cúpula irá reforçar apoio à Ucrânia e enviar mensagem à Rússia
Aliança militar pretende aumentar laços políticos e discutir adesão de Kiev
Camila Stucaluc
O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Jens Stoltenberg, disse que a cúpula da aliança, que acontece nos dias 11 e 12 de julho, servirá para reforçar o apoio à Ucrânia. Durante o evento, a aliança militar também deve enviar uma mensagem clara à Rússia, assegurando que a invasão não acabará em vitória.
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"Espero que os líderes aliados concordem com um pacote com três elementos, para aproximar a Ucrânia da Otan", disse Stoltenberg. Segundo ele, as medidas incluem um programa plurianual de assistência para garantir a comunicação, o reforço dos laços políticos e um plano para que Kiev ingresse na aliança militar.
Os aliados ainda discutirão passos importantes para fortalecer a dissuasão e a defesa, com a adoção de três novos planos regionais para combater as duas principais ameaças à Otan: a Rússia e o terrorismo. Os planos terão o suporte de 300 mil soldados em maior prontidão, incluindo um poder de combate aéreo e naval substancial.
A cúpula da Otan acontece pouco tempo após a guerra na Ucrânia completar 500 dias. A aliança militar é um dos principais aliados de Kiev, que vem recebendo pacotes de defesa para tentar conter a invasão russa.
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A adesão da Ucrânia na Otan vem sendo discutida há alguns anos - ação que motivou a invasão russa no país. Stoltenberg já descartou o ingresso de Kiev à aliança em meio à guerra, uma vez que todos os países-membros seriam obrigados a responder aos ataques da nação agressora. O cenário, portanto, poderia acabar em uma Terceira Guerra Mundial.