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Jornalismo

Polícia prende acusados de sequestrar mulheres em corridas por aplicativo

Quadrilha levava vítimas para cativeiro e invadia contas bancárias

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criminosos saindo do camburão
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Três suspeitos de integrar uma quadrilha que sequestrava mulheres durante corridas por aplicativo foram presos em São Paulo. As vítimas eram levadas para um cativeiro e, além de terem a conta bancária invadida, algumas chegavam a ser estupradas pelos bandidos.

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Imagens registraram um caso que aconteceu na zona norte da capital paulista, na madrugada. O motorista de aplicativo chega para buscar a passageira, um outro veículo vem logo atrás, passa por ele, retorna e estaciona no fim da rua. A mulher deixa o prédio e entra no carro. O motorista dá partida e o outro veículo segue atrás.

Parecia uma corrida como qualquer outra, mas a passageira foi surpreendida quando menos esperava. "Passou uns 10 minutinhos de corrida, entrou dois meninos no carro. Nisso que entraram, botaram um pano preto na minha cara e ficaram pedindo as senhas do meu celular, entrando nas minhas coisas", conta a modelo Giovanna Pacheco Dantas.

Ela foi assediada pelos criminosos: "me chamando de gostosinha, falando que seria uma pena se eu morresse porque eu era muito bonitinha".

Giovanna ficou oito horas em poder dos bandidos, em um cativeiro na Grande São Paulo. "Ficaram mandando mensagem para alguns amigos meus, que eles viram que eram infuenciador, pra minha família, minha avó - que estava até doente e ficou até mais, coitada - ficaram ameaçando. No total eles conseguiram desembolsar R$ 10 mil do meu celular", conta a vítima. 

Após semanas de investigação, a polícia prendeu três suspeitos de integrar a quadrilha e libertou uma vítima mantida refém.

O alvo da quadrilha era sempre o mesmo: mulheres que entravam no carro sozinhas, muitas vezes em bairros ricos da capital paulista. Segundo a polícia, além de serem roubadas, algumas passageiras ainda sofriam violência sexual. A investigação continua já que um quarto suspeito conseguiu fugir e novas vítimas poderão aparecer.    

"Eram obrigadas, constrangidas a fornecer suas senhas bancárias e ficar subjugadas no banco traseira com o rosto coberto", afirma o delegado Ronald Quene Justiniano.

Para Luciana Terra Villar, diretora de uma Me Too Brasil, ONG que trabalha no combate à violência contra mulheres, as empresas de transporte por aplicativo precisam criar mecanismos que garantam proteção.

"Está tendo uma falha de segurança nesse cadastramento. Eles não podem prestar esse tipo de serviço pra essas empresas, homens que podem perpetuar esse tipo de crime", diz Luciana.

Em nota, a Uber lamentou o caso e disse que está implementando novos processos e tecnologias para evitar fraudes, aprimorar o treinamento e ficar à frente dos golpes. A 99 e a Indrive não responderam às nossas solicitações.

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