MPSP e bancos discutem medidas contra o "sequestro do Pix"
Crime teve alta de 75% em 2022 e preocupa autoridades e instituições financeiras
José Luiz Filho
Representantes do Ministério Público de São Paulo e da Federação Nacional dos Bancos discutiram, nesta 6ª feira (3.mar), medidas de segurança contra os golpes de "sequestro do Pix".
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Em 2022, foram pelo menos 165 ocorrências, uma alta de 75% em comparação a 2021. Neste ano, a polícia foi notificada de 10 casos apenas em janeiro.
No encontro, foram apresentadas ideias que devem servir de ponto de partida para mudanças que reforcem a segurança dos aplicativos de transferências bancárias e dificultem a ação dos ladrões. Uma delas, segundo os promotores, será identificar em tempo real transações suspeitas e, por meio da geolocalização do celular, informar à polícia o endereço de onde está o aparelho.
"A polícia conseguiria identificar de onde é feita a transação e aí os criminosos seriam presos em flagrante", afirma o promotor criminal Marcelo Luiz Baroni.
Outra medida em debate é intensificar o cerco aos chamados "ponteiros", que são pessoas que alugam ou emprestam contas bancárias para criminosos receberem os valores.
"Esses ponteiros têm que saber que vão responder por extorsão e extorsão mediante sequestro, com penas altíssimas, que estão gerando em torno de 17 anos de prisão", diz o promotor.
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