Como as redes sociais alertam sobre conteúdo falso?
Conheça as estratégias criadas pelas plataformas para combater a desinformação nas eleições
SBT News
Aquela máxima de que a internet é uma terra sem lei já é coisa do passado. Em certa medida e durante o ano eleitoral, a vigilância sobre o que ocorre nas redes sociais passa a ser maior e mais dedicada. De acordo com o levantamento do Instituto Datafolha realizado em julho deste ano, mais de 90% dos brasileiros têm conta em alguma rede social. Além disso, boa parte destes usuários, segundo uma pesquisa realizada em junho pela Alfa Inteligência, se informa politicamente por esses meios.
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Para ajudar o eleitor a entender o que é verdade e o que é informação falsa no mundo de postagens que inundam a vida de cada brasileiro todo dia, as redes sociais vêm prometendo aprimorar as maneiras de combater a desinformação e sinalizar para o usuário que certo conteúdo não é verdade.
Ainda há muito o que avançar nesse terreno, seja por pressão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ou por iniciativa de tornar as redes sociais território livre de fake news, a verdade é que as plataformas estão tomando algumas medidas de combate e sinalização da desinformação.
Saiba como que cada plataforma de rede social têm implementado iniciativas para combater o compartilhamento da mentira e desinformação na internet.
Facebook e Instagram
A Meta, proprietária do Facebook e Instagram, mantém parceria com agências de checagens no Brasil e no mundo que identificam conteúdos falsos ou enganosos.
As redes sociais garantem deletar publicações que violam as políticas das plataformas, desestimulam o voto ou que tentam interferir no processo eleitoral.
Os posts que são marcados como desinformação são rotulados para que o usuário possa decidir sobre o acesso ao material publicado.
Esse rótulo é mostrado por cima de fotos e vídeos e deve ter um link para o artigo da agência de checagem provando porque aquele conteúdo é impróprio.
Qualquer mensagem já encaminhada pode ser reenviada para um grupo de WhatsApp por vez e a mensagem recebe uma etiqueta informando que tem sido compartilhada com frequência.
Há ainda um recurso que permite verificar por uma outra fonte na internet o conteúdo das mensagens encaminhadas com frequência.
Um botão de lupa é exibido ao lado da mensagem, ao clicar nele abre uma aba com resultados para aquele mesmo conteúdo em notícias ou outras fontes de informação.
TikTok
O aplicativo chinês TikTok também assinou termo com o TSE para combate à desinformação e se comprometeu a remover conteúdos maliciosos sobre as eleições.
Para isso, a empresa fez parceria com agências de checagem no Brasil para poder fazer esse serviço ao usuário.
Além disso, durante o uso da plataforma, é possível observar avisos que alertam sobre um conteúdo possivelmente enganoso.
Então, fica por conta do usuário tomar a decisão de compartilhar esse material. Ele também receberá um novo alerta sobre o conteúdo que pretende compartilhar nas redes.
A plataforma afirma que faz desde a introdução de rótulos nos Tweets à sua remoção, passando por redução de visibilidade e limitação de engajamento -- impedindo curtidas, comentários e RTs, em conteúdos que violem as políticas da empresa.
A partir de agosto, o Twitter passa a colocar etiquetas de identificação em contas de candidatos aos cargos de presidente, governador, senador e deputado federal.
O objetivo é facilitar para o usuário a identificação das contas dos perfis de quem está concorrendo às eleições no país.
Telegram
Com base no termo assinado com o TSE, o Telegram divulgou para seus usuários mensagens indicando o site do órgão federal como fonte confiável de informação. No texto a plataforma ainda orienta o acesso a duas agências de checagem de fatos. Buscamos mais informações com a empresa, mas não obtivemos resposta.
Entramos em contato com o Telegram e não obtivemos informações se os disparos em massa e grupos com conteúdos maliciosos sobre as eleições serão coibidos.
Kwai
O aplicativo de vídeos chinês também tem parceria com uma agência de checagem de fatos. Em caso de violação da política de desinformação, os conteúdos podem ser sinalizados ou removidos, mas a plataforma não informou como é visualmente a sinalização.
A empresa disse que trata-se de "uma legenda automática do aplicativo, ela aparece em cima do vídeo sinalizando a qual tipo de desinformação se refere".
YouTube
A plataforma se comprometeu com o TSE a adotar medidas para que os usuários possam acessar informações confiáveis sobre o processo eleitoral.
Entre os recursos da plataforma para alertar população sobre a circulação de desinformação estão por exemplo ao pesquisar ou assistir vídeos relacionados a temas propensos à desinformação, como fraude nas urnas.
O YouTube exibe um painel de informações na parte superior dos resultados da pesquisa ou na parte inferior do conteúdo que estiver assistindo, como forma de oferecer mais contexto sobre um assunto.
Esse painel de informações direciona o usuário para o site da Justiça Eleitoral. A plataforma remove conteúdos que promovam a violência ou o ódio contra indivíduos ou grupos, os insultos raciais ou religiosos.
SBT News De Fato
O SBT News De Fato o serviço de checagens, verificação de fatos e educação mídiática do SBT. O objetivo é ser um núcleo de orientação e de informações ao público em relação ao conteúdo espalhado e distribuído na internet e pelas redes sociais. Nesta primeira fase, o grupo vai atuar no combate a desinformação durante o período das eleições gerais deste ano. A escolha sobre o candidato deve ser tomada com base em informações verdadeiras e confiáveis. Por isso, o SBT News De Fato conta com uma equipe de jornalistas profissionais do SBT, regionais e afiliadas. São eles: SBT SP, SBT Rio, SBT Pará, SBT RS, SBT DF, TV Aratu (BA), SBT MT (MT), TV Tambaú (PB), TV Jornal (PE), Jornal do Commercio (PE), TV Allamanda (RO), TV Norte (AM, AC e RR), TV Cidade Verde (PI) e TV Ponta Verde (AL). Clique aqui e saiba mais.
>> Mônica Rossi é jornalista do SBT RS e SBT News
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