Conflito entre civis e militares deixa 3 mortos e 16 feridos em fronteira com Brasil
Em Pacaraima, a chegada de dos dois primeiros caminhões com a ajuda humanitária à Venezuela também foi cercada por tumulto e muita tensão.
Neste sábado (23), completaram-se quarenta e oito horas desde a expedição da ordem de fechamento da fronteira entre Brasil e Venezuela.
Desde então, na cidade fronteiriça de Pacaraima, em Roraima, a tensão só aumenta, já que, além do forte bloqueio militar ao posto de divisa entre os dois países, as rotas alternativas, chamadas de "trincheiras", também passaram a ser vigiadas pelo exército venezuelano.
Do outro lado, muito próximo ao limite com o Brasil, manifestantes e oficiais do exército venezuelano protagonizaram conflitos violentos que culminaram na morte de três pessoas e deixaram, pelo menos, dezesseis feridos.
De acordo com a representante da oposição ao regime de Nicolás Maduro no Brasil, María Teresa Belândria, a ajuda humanitária envia pelo Brasil aguarda ainda a liberação do Governo de Maduro. São mais de quatro toneladas de mantimentos e remédios que devem beneficiar, por um mês, cerca de seis mil venezuelanos.
Uma parte dos proventos aguarda autorização para transpor a fronteira em dois caminhões e, a outra, está armazenada em um galpão da FAB, também esperando uma resposta das autoridades vizinhas.
Em Pacaraima, a ajuda humanitária ainda não conseguiu furar o bloqueio do exército, mas, pouco a pouco, venezuelanos tentaram dialogar e negociar a passagem com as autoridades.