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Investigação da PGR cita Ramagem e fala em corrupção na Abin no caso do software espião

Procuradoria aponta que deputado federal e ex-chefe da Abin teria praticado corrupção passiva ao não divulgar informações

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Ramagem assume como DG da Abin e cumprimenta Bolsonaro
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A Procuradoria-Geral da República (PGR) suspeita que o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) cometeu corrupção passiva para não divulgar o uso irregular de um software de espionagem na época em que foi presidente da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). As informações são da Folha de S. Paulo.

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A investigação da PGR suspeita que dois funcionários da Abin teriam pressionado Ramagem a atrasar o julgamento de procedimentos internos e usaram o software First Mile, capaz de monitorar a localização de telefones celulares para evitar demissões.

Os servidores são Rodrigo Colli e Eduardo Izycki, que eram investigados por atuação em uma licitação do Exército com uma empresa no nome de parentes. Também segundo a PGR, pressão da dupla teria funcionado.

Essas e outras informações estavam na decisão do ministro Alexandre de Moraes para autorizar a Operação Última Milha, da Polícia Federal, deflagrada no dia 20 de outubro de 2023. Apesar de não ser alvo da diligência, o deputado do PL foi citado pelo relator, o ministro Alexandre de Moraes.

A investigação da PGR afirma ainda que Ramagem não repassou as informações obtidas ao ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), que teria a responsabilidade de decidir sobre o caso.

Para a Polícia Federal (PF), Alexandre Ramagem é suspeito de omissões e usos irregulares da ferramenta. Segundo os agentes, o sistema era usado para monitorar pessoas que não possuem relações com a Abin, como advogados, professores e políticos.

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