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PMs que apontaram armas para filhos de diplomatas negros no RJ prestam depoimento à polícia

Agentes tentam explicar a abordagem ao grupo de adolescentes em Ipanema; três são negros

PMs que apontaram armas para filhos de diplomatas negros no RJ prestam depoimento à polícia
Policiais apontaram armas para três filhos de diplomatas negros na noite de 4 de julho, em Ipanema, no Rio de Janeiro | Reprodução
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Os dois policiais militares que abordaram de forma truculenta os filhos de diplomatas no Rio de Janeiro, em 4 de julho, foram ouvidos nesta quinta-feira (11) pela Polícia Civil. Ao todo, oito pessoas já prestaram depoimento sobre o caso.

Os PMs chegaram para depor por volta das 15h. Eles tentaram explicar a abordagem ao grupo de adolescentes, três deles negros e filhos de diplomatas.

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Os amigos, com idades entre 13 e 14 anos, foram parados quando chegavam à casa da avó de um deles. Os policiais desceram da viatura com as armas em punho e colocaram os jovens virados para o muro do condomínio. A corregedoria da PM apura a conduta dos agentes, e a Polícia Civil investiga se houve racismo.

Os investigadores do Rio de Janeiro também ouviram os filhos dos embaixadores do Gabão e de Burkina Faso, que estão em Brasília. Por videoconferência, nesta quinta-feira, as famílias exigiram a presença de um representante do Itamaraty e de um psicólogo durante os depoimentos.

Os outros dois adolescentes, um brasileiro e um filho de funcionários da embaixada do Canadá, prestaram depoimento na semana passada. A mãe do jovem branco revistado disse que os rapazes estão traumatizados.

"Meu filho não quer mais falar muito sobre o assunto", disse a mãe.

O governador do Rio de Janeiro, Claudio Castro, tem defendido a ação dos policiais e criticou o ofício enviado ao governo carioca pelo Ministério das Relações Exteriores.

"Eu acho que houve um julgamento precipitado, sobretudo pelas autoridades federais, que preferiram criticar antes de ligar para a gente, de saber o que aconteceu. Não vou criticar o meu policial. Vou cobrar uma investigação séria e isenta", disse o governador.

Relembre o caso

Policiais apontaram armas para três filhos de diplomatas negros na noite de 4 de julho, em Ipanema, no Rio de Janeiro. Um vídeo circulou nas redes sociais mostrando o momento em que os PMs abordam os três meninos, que estavam acompanhados de dois garotos brancos, brasileiros. A família de um dos brasileiros denuncia racismo durante a abordagem.

Em um post nas redes sociais, a mãe de um dos adolescentes, Raiana Rondhon, contou que o grupo de quatro meninos de 13 e 14 anos estava de férias no Rio. O relato foi publicado inicialmente nas redes sociais do jornalista Guga Noblat.

Em nota, a Polícia Militar informou que os policiais envolvidos na ação portavam câmeras corporais e que "as imagens serão analisadas para constatar se houve algum excesso por parte dos agentes". O Itamaraty informou que também acompanha o caso e busca averiguar as circunstâncias do ocorrido, para eventual tomada de providências.

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