Mistério: Da popularidade ao sumiço, poodles somem das casas no país
Queridos pelos tutores, cães da raça perderam espaço e estão longe do mito de serem bravos

Luciano Teixeira
Na hora de escolher um novo companheiro da família, muitos vão atrás de uma raça específica por já conhecer o comportamento do cãozinho. Uma dessas raças, que fez muito sucesso, sumiu das casas brasileiras.

São os poodles, que estavam presentes em vários lares, sobretudo nas décadas de 1990 e 2000 – e, há muito tempo atrás, era símbolo de nobreza, estando ao lado da rainha francesa Maria Antonieta.
A raça é uma das mais inteligentes e tem portes para todos os gostos: grande, médio, anão e toy. Em todos, o cão é fiel ao tutor e obediente, aspectos que tornaram os poddles queridos, sendo comuns nas ruas e petshops, e longe do mito de serem bravos.

Poddles ocupam 7ª posição em ranking
Após a “moda”, a quantidade desses cães diminuiu no país e perderam espaço, dando lugar a raças menores como spitz alemão e pug.
Segundo o PetCenso, feito pelo grupo Petlove, quem domina no país são os cães sem raça definida (SDR), os populares vira-latas, presentes em 40% das casas. Na sequência, cães shi-tzu (12%) e yorkshire (5%). Os poodles representam 3% do total de caninos no país.
A pesquisa foi feita em 2023 com 2,5 milhões de cadastros. Em 2020, os poodles ocupavam a quinta posição entre os preferidos e, de acordo com o levantamento, estão em sétimo lugar.

De acordo com a Confederação Brasileira de Cinofilia, que estabelece padrões de criação e emite pedigrees como certificado de origem de cães de raça no Brasil, o país tem 56 criadores de poodle cadastrados.
A raça é, atualmente, muito procurada no exterior para ser companhia de crianças com autismo, já que é considerada obediente e atenta ao sentimento dos donos. Outra vantagem é que a raça não provoca crises alérgicas, de acordo com especialistas.