Mãe e padrasto são condenados a 28 anos de prisão por matar criança de dez anos
Crime foi cometido contra Kauã Almeida Tavares em março de 2022, na cidade de São Gonçalo, no Rio de Janeiro
A mãe e o padrasto de Kauã Almeida Tavares foram condenados à prisão, por 28 anos, por terem sido considerados os culpados da morte da criança, que tinha dez anos. A pena aplicada a eles corresponde a homicídio triplamente qualificado, e determina o cumprimento da reclusão em regime fechado. A mãe da criança, Suelen da Conceição Almeida e o companheiro dela, Alan Ferreira da Silva, também respondem por fraude processual.
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O crime foi cometido em 17 de março de 2022, na cidade de São Gonçalo, no Rio de Janeiro.
De acordo com a conclusão do caso, a mãe espancou a criança e, em seguida, o padrasto apertou o pescoço de Kauã com uma das mãos, o que a impediu de respirar. O menino também teve uma broncoaspiração, sem que a mãe interviesse para parar a ação do homem.
Na denúncia apresentada pela 3ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal de São Gonçalo, consta que o crime foi cometido de forma que não foi possível a defesa da vítima. O documento também classifica a situação como motivo torpe, em repreensão à resistência da criança em realizar as atividades escolares de casa. E avalia que a situação foi cruel.
Na época dos fatos, o Suelen e Alan disseram ter encontrado a criança com uma coleira de cachorro no pescoço, presa à janela do quarto do casal. O laudo de necropsia, no entanto, apontou que a criança não tinha sinais de enforcamento, mas sim de asfixia. O mesmo foi confirmado por perícia, feita a partir das fotos de Kauã, e reprodução simulada da situação.
A denúncia ainda aponta que houve divergências entre os depoimentos prestados pela mãe e pelo padrasto, com intenção de atrapalhar as investigações. Eles teriam trocado móveis da casa de lugar, além de limpar vestígios da cena do crime.