Prefeitura de Gramado (RS) decreta estado de calamidade pública

A Prefeitura de Gramado (RS) decretou nesta 6ª feira (24.nov) estado de calamidade pública em virtude do agravamento da situação de emergência do município afetado por eventos climáticos de chuvas intensas, enxurradas e inundações seu consequente agravamento por movimento de massa ocorridos desde o dia 17. Duas pessoas morreram em consequência das chuvas. Segundo dados da Defesa Civil de Gramado, atualmente cerca de 526 pessoas estão fora de casa e 45 delas ocupam abrigos montados pela Prefeitura nos ginásios do bairro Piratini e da Viação Férrea.

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O decreto autoriza a convocação de voluntários para reforçar as ações de resposta ao desastre e realização de campanhas de arrecadação de recursos junto à comunidade, com o objetivo de facilitar as ações de assistência à população afetada pelo desastre, sob a coordenação da Secretaria Municipal da Cidadania e Assistência Social, bem como da Defesa Civil. E autoriza as autoridades e agentes da Defesa Civil a entrar nas casas para prestar socorro ou determinar a imediata evacuação.

Dezenas de moradores de Gramado, no Rio Grande do Sul, deixaram suas casas após rachaduras imensas surgirem no solo em vários pontos durante as intensas chuvas na região. 

Um prédio de cinco andares, isolado desde o último sábado (18.nov), desabou nesta 5ª feira (23.nov), em Gramado (RS). O imóvel estava localizado no bairro de Trindade, próximo a pontos turísticos, como o Lago Negro, e hotéis de luxo.

Segundo a prefeitura, houve um colapso estrutural devido à instabilidade no solo do local, causando o desabamento do residencial, na madrugada de hoje. A região tem sido atingida por fortes chuvas desde o fim de semana.

A área onde o prédio estava localizado já havia apresentado rachaduras no chão, o que levou o Corpo de Bombeiros a retirar os moradores de seus apartamentos e a desocupar propriedades próximas.

Não houve registo de vítimas, mas a prefeitura informou que irá manter esta área do bairro Trindade evacuada.

Vídeos registrados pela população mostram desníveis de até um metro, com fendas assustadoras que dão a dimensão do tamanho dos estragos no local.  

Além das ruas, as rachaduras surgiram em parques e outras áreas verdes da cidade. O solo chegou a ficar dividido e desnivelado em vários pontos. 

Segundo a Defesa Civil, um prédio residencial da cidade desmoronou. A Prefeitura confirmou a morte de duas mulheres, vítimas de soterramento. 

Em todo o estado, 179 cidades foram atingidas e quase 30 mil pessoas estão fora de casa. Ao menos 15 trechos de rodovias seguem bloqueados. Na capital Porto Alegre, a cheia do Rio Guaíba interditou a orla, ponto turístico da capital.

A Defesa Civil distribui água para quem ficou isolado em áreas inundadas. Mais de 1,8 mil pessoas foram resgatadas na região das ilhas.