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Mulher de líder do CV, que visitou governo, desiste de comitê contra tortura do AM

Luciane Farias, casadas com Tio Patinhas, virou epicentro de nova crise no Ministério da Justiça, de Flávio Dino

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Luciane Barbosa Farias, mulher de uma das lideranças da facção Comando Vermelho do Amazonas, desistiu de ocupar o Comitê Estadual para a Prevenção e Combate à Tortura. Chamada de Dama do Tráfico no noticiário que expôs nas últimas semanas sua visita, não registrada na agenda, ao Ministério da Justiça e Segurança Pública e colocou mais uma crise no colo do ministro, Flávio Dino, ela afirmou que não se acovardou.

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"Diante dos últimos acontecimentos que violam meu Direito Constitucional à presunção de inocência e transferem para minha pessoa a condenação de terceiros, tenho por bem, buscando a conciliação de todos os membros desse comitê, para evitar que atos atinjam aqueles que precisam do trabalho realizado neste comitê, decido retirar minha candidatura ao cargo de membro da pela Associação Instituto Liberdade do Amazonas", escreveu Luciane, em uma nota divulgada neste domingo (19.nov) em suas redes sociais.

Estudante de Direito, ela é casada com Clemilson dos Santos Farias, conhecido como "Tio Patinhas", um dos cabeças CV do Amazonas, preso e condenado a 31 anos. Luciane também foi condenada com o marido, em um dos processos, a dez anos de prisão, mas ainda recorre na Justiça. Ela preside a Associação Instituto Liberdade do Amazonas (ILA), organização não-governamental que defende os direitos dos presos. 

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Como membro do comitê, indicada como representanta da sociedade civil, ela viajou no início do mês à Brasília, com despesas pagas pela União, para um evento do Ministério de Direitos Humanos e Cidadania.  

O episódio gerou mais um embaraço aos planos do ministro Flávio Dino de ser indicado pelo presidente Lula ao Supremo Tribunal Federal (STF).

"Fim da luta"

Na 6ª feira (17.nov), o Ministério Público Estadual do Amazonas recomendou ao governo do estado que desligasse Luciane do comitê. Os promotoresi ainda cobraram mais rigor no controle na escolha dos representantes da sociedade civil no grupo.

"Não significa que me acovardei frente aos que volam meus direitos e minha dignidade, nem frente à luta em Defesa dos Direitos das Pessas privadas de Liberdade", escreveu a mulher de Tio Patinhas.

Luciane afirma que vai se reestabelcer "emocionalmente, cuidar de suas filhas, que também foram atingidas pela mesma violência que eu e priorizar minha absolvição".

A Dama do Tráfico está condenada a dez anos de prisão, por crimes de lavagem de dinheiro, associação para o tráfico de drogas e organização criminosa, em um processo junto com Tio Patinhas. Sua defesa recorre em segunda instância.

"Isso não é o fim da minha luta, mas sim o começo."

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