População de Volta Redonda (RJ) sofre com poluição provocada por usina
Instituto Estadual do Ambiente multou a Companhia Siderúrgica Nacional em mais de R$ 1 milhão
Liane Borges
A população de Volta Redonda (RJ) sofre com a poluição provocada pela Usina Presidente Vargas, da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN).
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A usina no município a 140 km da capital fluminense opera a pleno vapor. É uma das maiores da América Latina e tem capacidade para produzir cerca de 6 milhões de toneladas de aço anualmente.
Mas, também produz muita fumaça. A poeira preta e potencialmente tóxica esconde o horizonte e também invade ruas e casas. "É muito perigoso pra nossa saúde", fala a doméstica Luciene Terra.
Uma imagem comprova que a fuligem tem origem metálica. Totens espalhados pela cidade, no entanto, indicam que a qualidade do ar está dentro dos padrões.
Há seis anos, o governo do estado retirou as chamadas partículas sedimentáveis, visíveis a olho nu, da lista de poluentes que precisam ser monitorados pelos órgãos ambientais. Apesar disso, nesta 6ª feira (14.jul), o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) multou a CSN em mais de R$ 1 milhão pela poluição causada e por danos à população.
Para José Arimathea Oliveira, professor da área ambiental do Instituto Federal do Rio de Janeiro (IFRJ), não restam dúvidas de que os poluentes são nocivos.
"Se o sistema de filtragem que a indústria tem não filtra nem as partículas mais grossas, o que dirá aquelas partículas mais finas, que são as que a gente absorve diretamente no nosso pulmão", fala.
A CSN disse que está investindo R$ 700 milhões em equipamentos para aprimorar seus controles ambientais e que até 2024 adotará medidas para reduzir o impacto da poeira.
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