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Brasil

Guilherme Amado fala sobre cobertura política durante o governo Bolsonaro

Diretor da Abraji falou ao SBT News durante 18º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo

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Guilherme Amado e José Luiz Filho
• Atualizado em
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Em entrevista ao SBT News, o diretor da Abraji e colunista do portal Metrópoles, Guilherme Amado, comentou sobre o processo de investigação jornalística, suas diferenças em relação à apuração policial, e a importância deste trabalho para a denúncia de irregularidades no Poder Público.

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O jornalista foi um dos palestrantes do 18º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo, promovido pela Abraji, a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo, na 6ª feira (30.jun), em São Paulo.

"Nós, como jornalistas, temos o dever, seja o partido que for, seja a linha política que for, a gente tem o dever de fiscalizar a atuação dessas pessoas. Quando a gente olha com atenção para o que elas estão fazendo, a gente está defendendo o interesse da sociedade, o direito da sociedade de se informar bem sobre a atuação dos servidores públicos, que trabalham para a gente", declarou o entrevistado.

Guilherme Amado também falou sobre o trabalho da cobertura política, em Brasília, e as diferenças da relação entre o Planalto e a imprensa, durante a gestão Jair Bolsonaro e governo anteriores. 

"Os outros governos, seja do Lula, do Fernando Henrique [Cardoso], do Michel Temer, eles tratavam a imprensa com seriedade. Eles podiam não gostar, eles podiam reclamar, mas eles sabiam que o nosso trabalho era um trabalho necessário, sério e que merecia o respeito", lembrou Amado.

"A gente percebe uma diferença, não vou dizer só entre esse governo e o governo anterior, é entre o governo anterior e todos os outros do período democrático. Os outros governos, seja do Lula, do Fernando Henrique [Cardoso], do Michel Temer, eles tratavam a imprensa com seriedade. Eles podiam não gostar, eles podiam reclamar, mas eles sabiam que o nosso trabalho era um trabalho necessário, sério e que merecia o respeito, porque, ali do outro lado, estava uma pessoa representando a sociedade. No governo Bolsonaro, a gente viveu uma coisa muito perigosa, que era a tentativa de descredibilizar esse trabalho, atacar o jornalista, e de tentar fazer com que a sociedade visse na gente não seus aliados no esforço para obter informação de qualidade, mas sim como adversários daquele projeto político que estava ali".

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Para o profissional, o posicionamento do presidente da República em relação ao trabalho da imprensa tem grande influência sobre a percepção da própria sociedade em relação à categoria.

"A diferença é que quando o presidente ele incentiva isso, ele estimula isso, ele encoraja essa animosidade com a imprensa, ele coloca o nosso trabalho em risco, inclusive do ponto de vista físico", concluiu Guilherme Amado.

Veja a entrevista completa:


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