Sexta-Feira da Paixão: fiéis participaram de procissões em todo o Brasil
Data relembra o sofrimento de Jesus Cristo até a crucificação
Nara Bandeira
Na Sexta-Feira da Paixão, fiéis participaram de procissões em cidades de todo o Brasil. Em Belém, foram duas: uma para a Virgem Maria e outra para Jesus Cristo.
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Em oração, fiéis pedem a Jesus. "Resolver a pobreza, resolver a desigualdade social e tudo que tá acontecendo. I mundo está muito desigual, pessoas matando crianças nas escolas", diz a enfermeira Graça Fayal.
Bem cedo, a procissão de Nosso Senhor dos Passos sai da Basílica Santuário de Nazaré, no centro de Belém. A imagem de Jesus representa a primeira queda no caminho do calvário.
"Esse momento que nós realizamos aqui nos faz lembrar que antes de ele chegar ao calvário ele teve que suportar muitas dores, então nós fazemos isso pra aumentar ainda mais nossa gratidão, nosso sentimento de fé", diz o padre Francisco de Assis.
Em outro ponto da cidade, devoção à Virgem Maria. Mesmo com chuva, a caminhada segue, e no meio da manhã, o encontro das duas procissões. As imagens de mãe e filho frente a frente é um dos momentos mais emocionantes da celebração.
"Imaginem só uma mãe que tem um único filho, e esse filho que fez tanto bem, curou, restituiu a vida pra uns, pra outros deu dignidade, e agora ele é desprezado. Maria em nenhum momento ela se volta contra a humanidade que o abandona e nem pergunta para o pai, mas por que meu filho morre?", afirma Monsenhor Agostinho Cruz
A Sexta-Feira Santa é o único dia do ano sem missas nas igrejas católicas. Segundo a tradição cristã, a data que relembra todo o sofrimento de Jesus Cristo até a crucificação deve ser marcada pelo silêncio e a reflexão.
Em Juína, interior de Mato Grosso. Fiéis acordaram de madrugada para uma caminhada de cerca de 12 quilômetros entre a Igreja Matriz e a Gruta de Nossa Senhora.
No Rio Grande do Sul, dois mil fiéis se reuniram na cidade de Encantado, no Vale do Taquari, e saíram em procissão. Os peregrinos caminharam 11,5 quilômetros até a estátua do Cristo protetor no Morro das Antenas. Com 43 metros, é a maior do Brasil.
Já em Santa Naria, uma das tradições na Sexta-Feira da Paixão é acordar antes do sol nascer em busca da macela, erva com ganhos medicinais e considerada milagrosa. Momento de praticar a fé em família.
"O pessoal pensa que a Páscoa é o ovinho de Páscoa. Não pra nós é a família é a colheita da macela a reflexão quando a gente caminha a gente também conversa sobre tudo inclusive sobre a vida da gente os momentos que passou o filho que tá longe", afirma a dentista Rita Lima.
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