Após ataque, governo de SP anuncia contratação de psicólogos e psicopedagogos
Escola ficará fechada por uma semana; secretários garantem que comunidade escolar terá apoio psicológico
Rafaela Vivas
Os secretários de Educação e Segurança Pública do Estado de São Paulo, Renato Feder e Guilherme Derrite, respectivamente, em entrevista coletiva na tarde desta 2ª feira (27.mar), anunciaram medidas de apoio às vítimas do ataque na escola da Vila Sônia, em São Paulo, e de combate à violência no ambiente escolar. Feder garantiu que famílias, alunos e professores contarão com apoio psicológico.
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"Logo depois do ataque a gente conversou com a Saúde. Temos uma equipe de psicólogos atuando na comunidade escolar para alunos, professores, funcionários e pais de alunos. Essa equipe vai dar atendimento exclusivo para essa comunidade para que o choque seja amenizado. A escola também vai ficar fechada por uma semana e vamos acompanhando para ver se precisa estender o tempo", afirmou.
O secretário de Educação também atualizou sobre o estado de saúde das vítimas e disse que com exceção da professora Elisabete Tenreiro, 71 anos, que faleceu, os demais atingidos (uma professora e alunos) passam bem. "A professora Ana Célia ela foi a mais atingida e o governador em exercício estava com ela há pouco, ela está bem, não corre risco de vida".
Renato Feder adiantou que a pasta vai aprimorar programas antigos, como o Conviva, onde todos os diretores de escola alimentam um sistema que consolida as ocorrências no ambiente escolar. "São centenas de atendimentos de todos os tipos, brigas, agressões verbais, tristeza, depressão. Vários tipos de problemas que a gente tem na escola, a gente tem essa rede de proteção que tem 300 profissionais". O programa que prevê atendimento com psicólogos e psicopedagogos às diretorias de ensino, terá reforço. A intenção é atingir todas as escolas públicas de São Paulo.
"Independente da tristeza de hoje, já está no crononograma a contratação de 150 mil horas de atendimento de psicólogos e psicopedagogos para as escolas. O processo está na cotação de preços e mais algumas semanas a gente vai fazer essa licitação para o atendimento presencial nas escolas", adiantou o secretário de Educação. "Vamos ampliar de 500 para 5 mil profissionais dedicados ao Conviva, um por escola, para que a gente consiga estar mais presente nas escolas", concluiu Feder.
Segurança
O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, também anunciou a reativação e melhorias em programas antigos da secretaria como o Agressor Ativo, que na última semana treinou policiais para ação imediata das forças de segurança para casos como o registrado nesta 2ª feira (27.mar) na escola da Vila Sônia.
"Hoje nós tivemos uma ligação 190 às 7h18, e a primeira viatura que chegou foi às 7h21, ou seja, 3 minutos depois, a primeira viatura já estava no local", exemplificou. Além de dar agilidade à ação policial para tentar evitar o desfecho trágico da Escola Estadual Thomazia Montoro, a ideia da pasta é reforçar o policiamento na área escolar para trabalhar de forma preventiva.