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Saúde tecnológica: laboratórios e hospitais investem no mundo virtual

Metaverso, realidade aumentada e inteligência artificial são recursos cada vez mais presentes na medicina

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Uso de inteligência artificial na sala de monitoramento do Hospital Israelita Albert Einstein
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Oito em cada dez executivos do setor de saúde acreditam que o metaverso irá impactar suas organizações de forma positiva. Essa é a conclusão do estudo Digital Health Technology Vision 2022 da Accenture. De acordo com o levantamento, as organizações do setor de saúde já começaram a se preparar para outros avanços tecnológicos. Mais de 80% dos executivos do setor afirmaram que o número de dispositivos de Internet das Coisas (IoT) aumentou de modo significativo nos últimos três anos.

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A Dasa é um exemplo nesse processo de inovação. Em conjunto com a PUC-Rio, a rede desenvolveu um ambiente virtual que traz mais recursos de análise, possibilita simulações em 3D interativas e facilita encontros multidisciplinares de especialistas e pacientes em qualquer parte do mundo. Essa experiência inclui o uso do metaverso para atendimentos, discussões de casos e planejamento de cirurgias -- inclusive com a presença virtual do paciente. Os principais benefícios do uso da tecnologia são a possibilidade de agregar mais informações e realizar simulações nas discussões de casos, inclusive com especialistas de qualquer parte do mundo, além de manipular interativamente exames. O laboratório já realizou algumas reuniões com grupos de especialistas e algumas consultas com pacientes e o corpo clínico.

Dr. Heron Werner e pesquisadores no ambiente metaverso | Divulgação/Dasa

"O conceito de metaverso traz muitas novidades para a comunicação médica. A rede de ambientes virtuais interativos está sendo experimentada em diversas áreas da saúde, especialmente na medicina fetal e na ginecologia, contribuindo para a compreensão de malformações fetais complexas e patologias ginecológicas, por exemplo", diz Heron Werner, ginecologista e coordenador do Biodesign Lab da Dasa. A tecnologia permite desde a possibilidade de ver uma sequência de imagens de fatias 2D até uma navegação compartilhada dentro de um órgão 3D.

A inovação em saúde significa encontrar novas formas de trabalhar, prestar serviços ou adotar tecnologias. O objetivo é melhorar a qualidade do sistema de saúde, ao mesmo tempo que se reduzem os desperdícios e os custos. Nesse processo, ainda devem ser considerados outros fatores, como o aumento da qualidade de vida dos pacientes, a precisão nos diagnósticos e tratamentos.

(Divulgação/Dasa)

No caso do Hospital Albert Einstein, as inovações estão por conta das Centrais de Monitoramento Assistencial (CMOA), a inteligência artificial que ajuda a identificar previamente a piora de pacientes hospitalizados, faz o reconhecimento precoce de alterações em parâmetros fisiológicos o que permite antecipar aplicação de técnicas de salvamento.

De acordo com Claudia Laselva, diretora de operações e enfermagem da Unidade Hospitalar Morumbi do Einstein, a centralização de câmeras e monitoramento de parâmetros dos pacientes na CMOA é uma ação importante e permite aumentar a consciência situacional dos profissionais. Isso porque o colaborador que está na linha de frente tem múltiplas atividades e costuma ser interrompido com alguma frequência, o que pode desviar sua atenção e impactar a segurança do paciente. "A CMOA funciona como uma camada adicional de supervisão e controle, e alerta os profissionais para possíveis falhas, inconsistências e atrasos na assistência, prevenindo sua ocorrência", afirma.

Projeção de jogos para acalmar as crianças durante o exame | Divulgação/Hosp. Albert Einstein

O hospital também utiliza um jogo em realidade aumentada para entreter e tranquilizar crianças durante exame de tomografia computadorizada. Inédito na área de Medicina Diagnóstica Pediátrica, o game de psicoeducação une inteligência artificial (IA) e realidade aumentada para projetar personagens, gráficos ou imagens no mundo real, e entretém a criança desde o momento de sua preparação para o exame até o final do procedimento. Com o decorrer do exame, 'Madá e os blipes' dão orientações sobre todos os passos do processo de forma lúdica, a fim de acalmar a criança e de fazê-la passar pelo aparelho de maneira mais tranquila. A tecnologia ajuda a evitar o uso de sedativos e permite a realização do exame com menor tempo de duração, o que torna o processo menos invasivo e mais seguro.

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