Bolsonaro pediu ajuda de Biden para se reeleger, diz Bloomberg
Líder da oposição no Senado, Randolfe Rodrigues classificou a conversa de traição à pátria.
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O presidente Jair Bolsonaro pediu ajuda ao presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, para se reeleger nas eleições de outubro, informou a agência de notícias Bloomberg. O pedido aconteceu durante uma reunião privada entre os chefes de Estado às margens da Cúpulas das Américas.
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Biden teria mudado de assunto, segundo fontes ouvidas pela Bloomberg, e destacado a importância do processo eleitoral no Brasil. A última pesquisa do PoderData, divulgada na 4ªfeira (8.jun), que o pré-candidato à presidência, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem 43% das intenções de voto, ante 35% de Jair Bolsonaro (PL).
A pesquisa Quaest/Genial , divulgada no mesmo dia, apontou vitória do pré-candidato do PT com 46% das intenções de voto no primeiro turno. Lula venceria as eleições já no primeiro turno porque, de acordo com o levantamento, o percentual de votos no petista é maior do que a soma das intenções de voto nos adversários.
Ao comentar o encontro, Bolsonaro afirmou ainda que Brasil e Estados Unidos se afastaram em alguns momentos por "questões ideológicas", mas garantiu "interesse enorme em cada vez mais se aproximar" dos americanos.
"Brasil e Estados Unidos tem tudo pra selar suas relações comerciais, materializando o eixo norte-sul, porque nossos países se complementam e temos tudo para realmente nos integrarmos cada vez mais e sermos um exemplo para o mundo", disse.
No twitter, o líder da oposição no Senado, Randolfe Rodrigues criticou a conversa e chamou de traição à pátria.
"Em qualquer lugar do mundo, pedir a intervenção de uma nação estrangeira em assuntos internos é crime de alta traição à pátria!", escreveu.
Durante seu mandato, de 2003 a 2010, Lula teve mais de um encontro com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, do qual Biden foi vice. Ambos mantinham boas relações.