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Anvisa aprova produto de terapia avançada para combater câncer

Substância faz parte de geração de imunoterapias baseadas na modificação de células dos pacientes

Anvisa aprova produto de terapia avançada para combater câncer
Representação de células (Reprodução/Shutterstock)
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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou nesta 4ª feira (23.fev) o registro sanitário de um produto, de terapia avançada, para tratar dois tipos de câncer: Leucemia Linfoblástica Aguda (LLA) de células B e Linfoma Difuso de Grandes Células B (LDGCB). Denominado Kymriah (tisagenlecleucel), ele foi desenvolvido pela empresa suíça de saúde Novartis Biociências S.A e, de acordo com a Anvisa, faz parte de "uma nova geração de imunoterapias personalizadas contra o câncer, que se baseiam na coleta e na modificação genética de células imunes dos próprios pacientes".

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É o primeiro registro sanitário no país para um produto de terapia gênica -- ou seja, que faz modificação genética para combater doença -- baseada em CAR-T, células criadas em laboratório, derivadas das mais importantes do sistema de defesa do corpo humano, para identificar células cancerígenas e destruí-las. Para compor o Kymriah, que é inoculado no organismo, as CAR-T são cultivadas e formuladas em suspensão farmacêutica.

Segundo a Anvisa, a substância é indicada para tratar pacientes pediátricos e adultos de até 25 anos com LLA de células B refratária ou depois da segunda recidiva, e adultos com LDGCB recidivado ou refratário - após a adoção de duas ou mais linhas de terapia sistêmica. A agência acrescenta que autoridades regulatórias de outros países, como a Food and Drug Administration (FDA), nos Estados Unidos, e a Agência Europeia de Medicamentos (EMA), na Europa, aprovaram o Kymriah também.

A autoridade sanitária nacional analisou o produto por 268 dias. Ainda de acordo a agência, para garantir a regularização da substância, foram feitas várias reuniões, discussões técnicas e acordos entre a agência e representes nacionais e internacionais da Novartis. "Isso porque é a primeira vez que a Anvisa registra um produto de terapia avançada que envolve o uso de material de partida oriundo do paciente (células T autólogas), que é exportado para fabricação nos Estados Unidos e retorna (na forma do produto CAR-T) para inoculação no paciente em hospitais específicos", completa.

As análises levaram à conclusão de que o processo de produção, transporte, administração e monitoramento pós-uso do Kymriah "é seguro e promove a eficácia pretendida". Entre os acordos feitos com os representantes da empresa suíça, estão, por exemplo, um voltado para implementação de treinamento dos profissionais de saúde que farão o manejo do produto e outro para ser adotado um processo rigoroso de logística "que garanta a manutenção da qualidade e da rastreabilidade de toda a cadeia produtiva e de cuidado ao paciente".

A possibilidade de o Kymriah desencadear a chamada síndrome de liberação de citocinas (SLC) -- resposta sistêmica à ativação e proliferação de células geneticamente modificadas, cujo tratamento, nesse caso, pode ser feito com um medicamento biológico -- e eventos neurológicos configuram as principais preocupações de segurança, que a Anvisa possui, referentes à administração da substância. A Novartis precisará conduzir um estudo observacional de pacientes tratados com o Kymriah, para monitorar a segurança e eficácia da terapia a longo prazo. Essa foi uma das condições estabelecidas para a concessão do registro sanitário.

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