Saraiva pede apuração de parcialidade sobre nota da PF contra Moro
Em comunicado, Polícia Federal retrucou fala de ex-juiz e disse não ser "trampolim para projetos eleitorais"
O delegado da Polícia Federal Alexandre Saraiva pediu, nesta 4ª feira (16.fev), que o conteúdo da nota da PF, que criticou o ex-juiz Sergio Moro e disse que a corporação não é "trampolim para projetos eleitorais" seja investigada. Saraiva criticou que o conteúdo que rebateu declarações do ex-ministro tenha sido divulgado em nome de toda a corporação, ao invés de ter a assinatura específica de quem o escreveu.
"Estranho que, quando assinam procedimentos disciplinares contra os servidores, os gestores da PF colocam nome e sobrenome. Todavia, em que pese o pretenso anonimato, as notas públicas da PF só são publicadas por determinação expressa do Diretor-Geral, in casu, Paulo Gustavo Maiurino", diz trecho do pedido.
O pedido também questiona o uso de opinião em uma nota oficial, e questiona se houve falta de imparcialidade por parte da instituição. "A nota faz crítica viperina contra pessoa que, candidato ou não, simplesmente exerceu seu direito de liberdade de expressão", diz em outro momento do processo. A solicitação foi enviada à PF e ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
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Alexandre Saraiva é delegado e ganhou notoriedade enquanto esteve como superintendente da instituição no Amazonas. À época, ele denunciou o então ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles.
Terminei agora.... vou almoçar, na volta vou protocolar na Corregedoria da PF e no TSE. pic.twitter.com/GW0Zxa2fZs
? Alexandre Saraiva (@DelegadoSaraiva) February 16, 2022
Ao SBT News, o TSE disse que não recebeu qualquer ação por parte do delegado Saraiva até a noite desta 4ª feira. A reportagem também entrou em contato com a Polícia Federal para confirmação sobre o pedido do delegado, assim como posicionamento, mas não obteve resposta até a publicação deste texto. O espaço segue aberto.