Estresse e excesso de sol podem "despertar" herpes; entenda
Doença viral é contagiosa e pelo menos 90% dos brasileiros têm o vírus, "adormecido" e adquirido ainda na infância
De 80% a 90%: o número próximo da totalidade pode assustar, mas esse é o montante de brasileiros que têm o vírus da herpes no organismo. O alto índice, porém, tem uma explicação: a transmissão é muito mais frequente na infância, fase de descobertas e curiosidade dos pequenos.
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Uma vez contaminado, a doença nunca sai do corpo, como se a infecção estivesse "adormecida". Contudo, pode "despertar" em casos de estresse físico ou emocional, febre ou excesso de sol.
A propagação ocorre principalmente pela boca, por gotículas de saliva, pelo beijo e compartilhamento de objetos pessoais como toalhas, copos e talheres. Após a contaminação, a herpes pode se manifestar nos lábios ou na região íntima. A enfermidade não tem cura e, na maioria das vezes, o próprio sistema imunológico elimina a bactéria em até sete dias.
"Geralmente o início do quadro é com uma pequena área vermelha e sensível, dolorosa. Na sequência, surgem pequenas bolhas agrupadas parecidas com pequenas espinhas, mas logo se rompem", explica a dermatologista Natasha Crepaldi.
Por ser frequentemente diagnosticada, viral e contagiosa, é comum encontrarmos pomadas ou medicamentos orais de livre comércio em drogarias e farmácias. Em casos mais graves, após contato, é aconselhável o uso de antiviral, principalmente em pessoas com deficiência do sistema imune.
Três herpes, três diferenças
A inflamação tem três tipos caracterizados, todos da mesma família, mas com sintomas e aparecimentos específicos. A herpes Tipo 1, mais comum, é caracterizada por lesões orais, próximas da boca. Já o Tipo 2 está relacionado às lesões nas regiões genitais e contraído por contato sexual.
Os dois tipos, porém, não se relacionam. A herpes labial do Tipo 1 raramente faz lesões genitais. O mesmo vale para o inverso: o Tipo 2, sexual, dificilmente acomete os lábios.
Há um terceiro tipo, denominado herpes Zóster, conhecida como "cobreiro". Aqui, a doença é originada do mesmo vírus causador da catapora ou varicela e acomete mais os idosos. As lesões na pele causam dores e podem persistir por semanas ou até meses. A vacina contra a catapora, tomada ainda na infância, é uma aliada de peso para evitar o desenvolvimento do tipo 3.