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Engenheiro tira dúvidas sobre obra em cratera do metrô em SP

Profissional considerou que mais faixas na marginal Tietê devem ser interditadas por conta da vibração na região do acidente

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Imagem aérea de obra em cratera aberta na marginal tietê, com equipamentos despejando concreto no buraco
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Após o acidente nas obras do metrô que abriu uma cratera na marginal Tietê, em São Paulo (SP), muitos ficaram em dúvida sobre as pedras que começaram a ser despejadas por vários caminhões no início da tarde de 3ª feira (2.fev). 

O processo seguiu nas horas seguintes, com a adição de concreto no buraco, mesmo inundado por água. Até a manhã de 4ª (3.fev), a cratera já estava quase tomada, até a borda, por uma mistura de concreto e o líquido vindo do esgoto.

Segundo o engenheiro Luiz Otávio Rosa, do Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia de São Paulo (Ibape/SP), é preciso cuidado para estabilizar o barranco para que a cratera não aumente. "As betoneiras estão depositando concreto por essas lanças para não chegar na borda da cratera, estabilizar, retirar água, verificar o que aconteceu e, aí sim, fazer o projeto de recuperação", enfatizando cautela no procedimento.

O engenheiro, porém, levantou um alerta, já que a vibração dos caminhões trafegando nas outras pistas pode fazer com que a cratera aumente. "Acredito que a Defesa Civil vai analisar a conveniência de interditar mais ainda o trânsito naquela região, interditar mais algumas faixas, porque a vibração pode causar continuidade desses desmoronamentos", afirmou.

Mesmo com a situação preocupante, a obra "certamente será recuperada", de acordo com Rosa, e que a expectativa é de um atraso de seis meses nas obras do metrô. "Como a previsão da conclusão é só em 2025, dá tempo de colocar mais recursos e recuperar esse atraso. A engenharia tem instrumentos para recuperar", pontuou.

O profissional explicou que o túnel já foi construído embaixo do Rio Tietê, por onde passará o trecho da linha 6-Laranja do metrô, e o acidente não impactará a totalidade da obra. O local do acidente é uma parte do túnel e o "trabalho de recuperação será feito nessa ?boca?, que é o poço de ventilação do túnel que já estava praticamente concluído".

O equipamento popularmente conhecido como "tatuzão", responsável por abrir túneis em construções do tipo, passará por uma avaliação, segundo o engenheiro. Feito com muitos componentes eletrônicos de última geração e até raio laser, o item provavelmente terá que ser limpo, passando por uma manutenção, ou até mesmo substituído.

"É preciso que a população tenha paciência, porque a segurança vem em primeiro lugar. A gente fica prejudicado pelo trânsito. Mas, com o buraco quase completo [pelo concreto], o próximo passo será retirar a água", finalizou.

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