Galinha de ouro instalada em SP não tem autorização e será removida

A escultura de uma 'galinha de ouro' instalada na avenida Ipiranga, no centro de São Paulo, será removida pela prefeitura da cidade. A obra, com cerca de 200 quilos e três metros de altura, foi produzida por uma rede de lanchonetes, mas não possui autorização para ocupar o espaço público.

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Segundo a equipe de marketing da rede de lanchonetes, a escultura tinha como objetivo divulgar um novo hambúrguer à base da planta e "alertar a sociedade sobre o consumo excessivo de proteína animal". Na parede da lanchonete, cartazes dizem que "a era de ouro do Frango já chegou", "peça o seu notchicken burguer aqui".

Em nota, a prefeitura informou, por meio da Subprefeitura Sé e da Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento (SMUL), que "não houve pedido de autorização para instalação da obra na Avenida Ipiranga, altura do número 197, e tampouco autorização emitida para que ela possa ocupar o referido espaço público" e que "a equipe de fiscalização foi acionada para a remoção do objeto"

Vaca magra e Touro de Ouro

No último dia 9, a artista cearense Márcia Pinheiros instalou a escultura de uma vaca magra amarela em frente ao prédio da Bolsa de Valores, no centro da cidade de São Paulo. A obra, segundo a artista, fazia parte de uma intervenção de cunho social para alertar sobre as consequências da seca no nordeste brasileiro. Como não possuía autorização, a obra também foi retirada.

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Já no mês de novembro, uma estátua do Touro de Ouro havia sido instalada no mesmo local, fazendo alusão à obra de Charging Bull, conhecida como o Touro de Wall Street, presente na cidade de Nova Iorque, nos Estados Unidos. A obra, no entanto, foi retirada pela prefeitura pouco tempo depois da inauguração por conta de irregularidades notificadas pela Comissão de Proteção à Paisagem Urbana, como falta de licença, por exemplo. 

Durante os poucos dias em que ficou em frente ao edifício da Bolsa de Valores, a estátua do touro gerou polêmicas e resultou em manifestações contra a fome e desigualdade social. A obra foi pichada e amanheceu com um cartaz de protesto escrito "fome", além de ser cenário de um churrasco em uma das madrugadas para moradores de rua, realizado por um movimento social.