Bolsonaro acumula 32 violações de direitos humanos, diz Anistia Internacional
Organização aponta a perda de direitos, mas a maioria das situações permanece sem solução
A Anistia Internacional catalogou 32 situações de violação dos direitos humanos desde a posse do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em 1° de janeiro de 2019. Os dados foram apresentados no documento 1000 dias sem direitos - As violações do governo Bolsonaro, lançado na última 6ª feira (24.set).
Dentre as situações catalogadas estão a gestão da pandemia, liberdade de expressão, redução do espaço cívico, discurso antidireitos humanos na ONU, direitos dos povos indígenas e outras comunidades tradicionais, violações de direitos humanos na Amazônia, política de segurança pública e ameaças ao Estado de Direito. Muitas das 32 situações de perda de direitos levantadas pela organização permanecem sem solução ou sem uma justa reparação.
O documento denuncia a má gestão pelo Poder Executivo da pandemia no país e sinaliza a conduta negacionista e irresponsável, a omissão e a falta de assistência adequada aos profissionais de saúde. Além disso, o texto traz a análise da flexibilização do acesso a armas no Brasil.
Outro aspecto analisado no relatório são os ataques realizados pelo presidente Jair Bolsonaro à imprensa. Intimidação e agressões verbais constantes aos jornalistas foram apontadas como graves perdas de direitos de brasileiros e brasileiras.
A Anistia Internacional catalogou também ameaças ao Estado de Direito e a participação do presidente no atos antidemocráticos de 7 de Setembro. A conclusão do texto é de que o governo federal descumpre seu papel de garantir e facilitar acesso aos direitos humanos fundamentais como a vida, a liberdade, a igualdade, a segurança e a moradia.
Confira o relatório na íntegra:
1000 Dias Sem Direitos as Violações Do Governo Bolsonaro by Fernanda Vieira Bastos on Scribd