Doria se muda para o Bandeirantes por ação de 'seita intolerante'
Governador de São Paulo disse que sua segurança está sob ataque
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O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou que irá se mudar para o Palácio dos Bandeirantes, na zona sul da capital paulista, após sido alvo de "uma seita intolerante e autoritária" que "tem ultrapassado os limites do embate político e do questionamento técnico com ameaças à segurança da minha família e agressivas manifestações na porta da minha residência, perturbando o bairro e vizinhos", segundo comunicado divulgado nesta 2ª feira (29 mar.). Leia a integra no final da publicação.
Doria tem sido alvo de ataques de grupos contrários às medidas de isolamento social impostas pelo governo estadual para tentar frear o avanço da epidemia. O governador já protocolou ao menos duas queixas na polícia de fake news disseminadas nas redes sociais. Em uma delas, seu filho foi acusado de ter organizado uma festa em sua casa no primeiro dia da fase emergencial, quando foi decretado ainda mais restrições até nas atividades essenciais. Ficou esclarecido que uma atriz famosa, que mora de aluguel no endereço do filho do governador, promoveu uma noite de karaokê entre amigas, o que chamou atenção da vizinhança.
O tucano e sua família moram em uma casa no Jardim Europa, bairro nobre da capital paulista. Nesta 2ª feira, opositores postaram nas redes sociais fotos de uma série de visturas policiais no endereço sob protestos de que a Polícia Militar estaria sendo usada para fazer a segurança particular do governador. Em seguida, foi divulgado o comunicado abaixo.
"O negacionismo na pandemia deixou de ser um delírio das redes sociais, provocado pela paixão política, e está se tornando algo muito mais perigoso para a vida, a ciência e a democracia: uma seita intolerante e autoritária. Tenho enfrentado os seguidores dessa seita com inquéritos policiais e ações judiciais, com medidas sanitárias e vacinas, instrumentos da lei e da razão.
O fanatismo ideológico, porém, ignora a racionalidade e a legalidade. Ele tem ultrapassado os limites do embate político e do questionamento técnico com ameaças à segurança da minha família e agressivas manifestações na porta da minha residência, perturbando o bairro e vizinhos. Diante do radicalismo, decidi me mudar para o Palácio dos Bandeirantes. Ao menos,temporariamente.
Regredimos a tempos obscuros em que a integridade física daqueles que defendem a vida e a democracia está sob ameaça.
Vivi esse mesmo sentimento quando acompanhei meu pai no exílio, um democrata cassado pela ditadura. Dessa vez, no entanto, não haverá exílio, nem ditadura. Haverá ciência, vacinas, vidas salvas e democracia. Meu desprezo por estes extremistas que ameaçam a mim, a minha família e ameaçam pessoas que defendem a vida. É uma decisão difícil, mas necessária nesse momento de muita intolerância ao pensamento contraditório, de belicismo verborrágico e de cegueira ideológica."
Doria tem sido alvo de ataques de grupos contrários às medidas de isolamento social impostas pelo governo estadual para tentar frear o avanço da epidemia. O governador já protocolou ao menos duas queixas na polícia de fake news disseminadas nas redes sociais. Em uma delas, seu filho foi acusado de ter organizado uma festa em sua casa no primeiro dia da fase emergencial, quando foi decretado ainda mais restrições até nas atividades essenciais. Ficou esclarecido que uma atriz famosa, que mora de aluguel no endereço do filho do governador, promoveu uma noite de karaokê entre amigas, o que chamou atenção da vizinhança.
O tucano e sua família moram em uma casa no Jardim Europa, bairro nobre da capital paulista. Nesta 2ª feira, opositores postaram nas redes sociais fotos de uma série de visturas policiais no endereço sob protestos de que a Polícia Militar estaria sendo usada para fazer a segurança particular do governador. Em seguida, foi divulgado o comunicado abaixo.
"O negacionismo na pandemia deixou de ser um delírio das redes sociais, provocado pela paixão política, e está se tornando algo muito mais perigoso para a vida, a ciência e a democracia: uma seita intolerante e autoritária. Tenho enfrentado os seguidores dessa seita com inquéritos policiais e ações judiciais, com medidas sanitárias e vacinas, instrumentos da lei e da razão.
O fanatismo ideológico, porém, ignora a racionalidade e a legalidade. Ele tem ultrapassado os limites do embate político e do questionamento técnico com ameaças à segurança da minha família e agressivas manifestações na porta da minha residência, perturbando o bairro e vizinhos. Diante do radicalismo, decidi me mudar para o Palácio dos Bandeirantes. Ao menos,temporariamente.
Regredimos a tempos obscuros em que a integridade física daqueles que defendem a vida e a democracia está sob ameaça.
Vivi esse mesmo sentimento quando acompanhei meu pai no exílio, um democrata cassado pela ditadura. Dessa vez, no entanto, não haverá exílio, nem ditadura. Haverá ciência, vacinas, vidas salvas e democracia. Meu desprezo por estes extremistas que ameaçam a mim, a minha família e ameaçam pessoas que defendem a vida. É uma decisão difícil, mas necessária nesse momento de muita intolerância ao pensamento contraditório, de belicismo verborrágico e de cegueira ideológica."
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