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Brasil

Em menos de 4 anos, 8 autoridades do Rio foram presas por corrupção

Marcelo Crivella é o primeiro prefeito da história a ser preso durante o exercício do mandato

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O prefeito Marcelo Crivella concede entrevista
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Marcelo Crivella (Republicanos) tornou-se o primeiro prefeito do Rio de Janeiro em exercício a ser preso na história. Ele era investigado por suspeitas de comandar uma organzação criminosa que recebia propina de empresários em troca de obtenção de contratos da prefeitura. Os investigadores apontavam para a existência de um "QG da propina" na  gestão municipal. 

Crivella estava prestes a deixar o comando da cidade. Ele foi derrotado nas eleições municipais de 2020 por Eduardo Paes (DEM), que assume o cargo a partir de 1º de janeiro. Com isso, Crivella também soma outro título para o currículo: ser o segundo prefeito da história do Rio a não conseguir a reeleição. O primeiro foi Luiz Paulo Conde, em 2000. 

A prisão de Crivella nesta terça-feira (22) consolida o Rio na posição de reduto de políticos presos por suspeitas de corrupção. Em menos de quatro anos, pelo menos oito autoridades acabaram atrás das grades por envolvimento em malfeitos - incluindo Crivella. 

Essa conta não leva em consideração o caso do atual governador Wilson Witzel, afastado do cargo desde agosto, suspeito de receber propina e desviar dinheiro destinado ao combate à pandemia do novo coronavírus. 

1) Sérgio Cabral
O ex-governador está preso desde 2016 durante uma das fases da Operação Lava Jato por suspeita de comandar uma organização criminosa que recebeu mais de R$ 220 milhões em propinas. Os valores eram desviados de obras da gestão estadual e envolviam contratos com grandes construtoras, como a Andrade Gutierrez. 

2) Luiz Fernando Pezão
O ex-governador foi preso em 2018, também durante a Operação Lava Jato. A investigação revelou que Pezão recebeu propina de empreiteiras quando era vice do ex-governador Sérgio Cabral. Ele foi o primeiro governador da história a ser preso no exercício do mandato. 

3) Anthony Garotinho
O ex-governador foi preso diversas vezes por suspeitas de superfaturar contratos entre a prefeitura de Campos e a construtora Odebrecht. A primeira prisão ocorreu em 2016. A última ocorreu em 2019. 

4) Rosinha Matheus
A ex-governadora também foi presa diversas vezes pelas mesmas suspeitas que Anthony Garotinho. Rosinha foi para a cadeia pela primeira vez em 2017, durante a Operação Caixa D'Água. Nesse caso, ela era acusada realizar arrecadação ilegal de campanha. 

5) Moreira Franco
Em 2019, o ex-ministro de Minas e Energia, Moreira Franco (MDB), foi preso durante a Operação Lava Jato. Ele também já foi governador do Rio. As investigações apontavam para crimes de corrupção, peculato e lavagem de dinheiro. A prisão dele teve como base a delação premiada de José Antunes Sobrinho, dono da Engevix à Polícia Federal. 

6) Jorge Picciani 
O então presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) foi preso em 2017. Ele e outros dois deputados do partido acabaram na cadeia porque eram investigados por suspeitas de receber propina para defender interesses de empresas na Alerj. Eles também eram acusados de lavar dinheiro usando empresas de compra e venda de gado. 

7) Aloysio Neves
O então presidente do Tribunal de Contas do Estado do Rio (TCE-RJ) e outros quatro conselheiros do órgão foram presos em 2017, durante a Operação Quinto do Ouro. A força-tarefa apurava desvios de dinheiro público para favorecer membros da corte durante a gestão do ex-governador Sérgio Cabral. 
 
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