Desafio Liga Jovem anuncia estudantes vencedores no Bossa Summit 2023
6 equipes ganharam a competição de empreendedorismo e tecnologia, entre mais de 5 mil alunos inscritos
Cido Coelho
Na 6ª feira (24.mar), foram anunciadas as seis equipes vencedoras do Desafio Liga Jovem, a maior competição nacional de empreendedorismo e tecnologia para estudantes do ensino fundamental e médio do país.
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Os ganhadores foram conhecidos no palco principal do Bossa Summit, em São Paulo. Os vencedores -- quatro escolas públicas e duas particulares -- serão levados para uma missão internacional para visitar centros de inovação em Madri, na Espanha.
Os vencedores do Liga Jovem foram a Escola Técnica Estadual Juscelino Kubitschek, no Rio de Janeiro (RJ); Colégio Técnico de Campinas, em Campinas (SP); a Escola Municipal de Ensino Fundamental Saint Hilaire, de Porto Alegre (RS); o Colégio Poliedro, de São José dos Campos (SP); a Escola Técnica Estadual Juscelino Kubitschek, no Rio de Janeiro (RJ); e o Instituto Federal do Rio de Janeiro, em São Gonçalo (RJ).
A Liga Jovem é realizada pelo Serviço Brasileiro de Apoio as Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) em parceria com o Instituto Ideias de Futuro. Foram mais de 5 mil alunos inscritos de todos os Estados brasileiros.
Cerca de 600 -- entre alunos e educadores que coordenam as equipes -- chegaram à semifinal com projetos inovadores, que usam a tecnologia para resolver problemas sociais, da comunidade ou escola.
Durante a semana, os semifinalistas defenderam seus projetos em bancas de jurados especialistas nas áreas de empreendedorismo, tecnologia, educação e comunicação. Depois, 21 equipes chegaram à grande final, disputada nos dois dias do evento da Bossanova Investimentos.
O programa Liga Jovem promoveu mais de 150 oficinas, impactando mais de 6 mil alunos, com mais de 20 horas de conteúdo ao vivo. As equipes foram auxiliadas na elaboração dos projetos, em trilhas de aprendizagem que duraram cerca de sete meses.
Elaine Novetti, gestora do Liga Jovem no Sebrae, ressaltou que o elevado nível dos projetos já obteve resultados práticos. Trouxe a experiência da competição, com proposta de venda dos produtos desenvolvidos, expectativa de bolsas de estudo, conexões iniciadas, entre outros avanços.
"Vimos aqui o poder transformador da educação. Temos certeza de que a experiência fomentou potencialidades nos participantes de uma forma geral, não só entre os que venceram", destacou a gestora.
Já para o presidente do Instituto Ideias de Futuro, Oswaldo Cruz, destacou como foi impressionante enxergar o poder transformador da experiência do Liga Jovem para muito além dos prêmios oferecidos aos grupos selecionados.
"Essa vivência proporcionou transformações na vida deles para sempre. Muitos grupos saíram daqui com investimentos, novas parcerias, venderam seus protótipos, conseguiram bolsas de estudo para universidades e já agendaram a presença em novos eventos. Isso demonstra que eles mergulharam na oportunidade, independentemente do resultado final", disse o representante do instituto.
Conheça abaixo os vencedores da Liga Jovem e seus projetos:
A equipe Callíope, do Colégio Marista em Maceió (AL), apresentou um projeto para ajudar autistas não verbais a desenvolver a comunicação e aprender coisas novas com o uso de um aplicativo gamificado adaptado para crianças atípicas.
A equipe Hera, da Escola Técnica Estadual Juscelino Kubitschek, no Rio de Janeiro (RJ), projetou uma plataforma de curadoria de arte, voltada para artistas migrantes e refugiados, com objetivo de promover uma jornada educacional, bem como geração de renda, através da venda de NFT's, assim como de produtos licenciados.
A equipe PD, do Colégio Técnico de Campinas, elaborou um aplicativo que visa conectar pessoas que atuam como cuidadores de idoso e indivíduos que necessitam desse serviço.
O projeto da equipe Opennova, do Instituto Federal do Rio de Janeiro (campus São Gonçalo), é um aplicativo para facilitar e baratear a tomada de empréstimo por meio de Open Finance, disponibilizando o Crowdinvesting -- uma espécie de vaquinha remunerada para levantar recursos, tendo como foco influenciadores digitais.
A equipe Garotas de Vermelho, da Escola Municipal de Ensino Fundamental Saint Hilaire, de Porto Alegre (RS), criou o kit de saúde menstrual, um dispositivo pedagógico, que possibilita falar sobre a menstruação e fazer conexões com autocuidado e bem viver.
A equipe Curativo Bio, do Colégio Poliedro, de São José dos Campos (SP), criou um protótipo de um curativo biodegradável, feito com elementos químicos que não poluem o meio ambiente e não contém plástico, com propriedades cicatrizantes de óleos de menta e meleleuca e de baixo custo.