Militar da reserva é o principal suspeito pelo desaparecimento de menino de 5 anos na Argentina
Seis pessoas já foram presas pelo sumiço de Loan Peña, que pode ter sido vítima do tráfico de pessoas
Marcelo Torres
Um militar da reserva é o principal suspeito pelo desaparecimento de um menino de cinco anos na Argentina. A polícia acredita que a criança foi levada num esquema de tráfico de pessoas, perto da fronteira com o Brasil.
O olhar tímido de Loan Peña está estampado em todos os sites argentinos. O sumiço no dia 13 de junho virou a principal notícia do país.
Como a suspeita é de tráfico de pessoas, um alerta amarelo foi disparado pela Interpol. O irmão de Loan diz que não confia na polícia local, que cometeu muitos erros até agora.
O sumiço aconteceu na cidade de Nueve de Julio, a 200 quilômetros da fronteira com o Paraguai, e à mesma distância da cidade brasileira de Uruguaiana, no Rio Grande do Sul.
No dia 13, o menino foi levado pelo pai para almoçar no sítio da avó. Todos que aparecem em uma foto com o garoto são suspeitos, incluindo uma tia de Loan. O garoto teria ido até um laranjal com três adultos, que afirmam que o menino se perdeu.
Seis pessoas já foram presas, entre elas, um tio de Loan, e os principais suspeitos, o ex-oficial da Marinha Carlos Guido Perez, de 62 anos, e a mulher dele. Cães farejadores encontraram vestígios de Loan no carro do casal. O homem tentou se matar depois de ser preso, mas não confessou o crime.
Com a notícia do desaparecimento, outra família, que vive na Terra do Fogo, extremo sul da Argentina, e teve uma filha desaparecida há 16 anos, pediu que as autoridades investiguem se o militar passou pela região em 2008. Por causa do trabalho, ele já esteve muitas vezes na área e chegou a morar nas proximidades.
Centenas de pessoas participaram de um protesto na noite de segunda-feira (24).