Representante humanitário da ONU se diz "chocado" com invasão israelense a hospital
As Forças de Defesa de Israel acusam o Hamas de utilizar o Al-Shifa como centro de comando para operações militares; grupo extremista nega
O subsecretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU) para Assuntos Humanitários, Martin Griffiths, se disse "chocado" com a confirmação de operações militares de Israel no hospital Al-Shifa, o maior da Faixa de Gaza.
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"Estou chocado com os relatos de ações militares no hospital Al-Shifa, em Gaza. A proteção de recém-nascidos, pacientes, equipes médicas e todos os civis deve se sobrepor a todas as preocupações. Hospitais não são campos de batalha", escreveu Griffiths em post na rede social X (antigo Twitter).
I'm appalled by reports of military raids in Al Shifa hospital in #Gaza.
? Martin Griffiths (@UNReliefChief) November 15, 2023
The protection of newborns, patients, medical staff and all civilians must override all other concerns.
Hospitals are not battlegrounds.
As Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) anunciaram, também via X, uma operação "precisa e direcionada em uma área específica" do Al-Shifa. "Nós temos soldados especificamente treinados para esta situação e continuamos a reiterar que estamos em guerra apenas contra o Hamas. Continuamos a fazer o possível para mitigar o risco a civis", explicaram as IDF.
As IDF também disseram ter enviado alimentação para bebês, incubadoras e suprimentos médicos ao hospital: "Nossa equipe médica e soldados que falam árabe estão na região para garantir que esses recursos alcancem aqueles em necessidade".
Israel acusa o grupo extremista de usar o hospital como centro de comando para atividades e operações militares. O Hamas nega.
Segundo a Al Jazeera, tanques foram posicionados no pátio do Al-Shifa e soldados utilizaram aparelhagem de som para ordenar que suspeitos se entregassem às autoridades israelenses.
Ainda de acordo com a rede de televisão, militares explodiram um armazém que armazenava medicamentos e equipamentos hospitalares, e estariam mantendo cerca de 200 pessoas no pátio.
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