Construções de tijolos de barro dificultam operações de resgate no Marrocos
Número de mortos chega a quase 3 mil, enquanto milhares de moradores seguem desaparecidos
Socorristas que auxiliam nos trabalhos de busca e resgate no Marrocos estão enfrentando dificuldades. Segundo as equipes, além do alto nível de destruição em decorrência do terremoto que atingiu o país, as construções de tijolos de barro reduziram as possibilidades de encontrar sobreviventes, uma vez que soterraram quem estava nos espaços.
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"O nível de destruição é absurdo. A gente nunca desiste, tenho certeza que nos próximos dias haverá resgates. Mas as chances de sobrevivência são reduzidas", disse Antonio Nogales, chefe da organização Bombeiros Unidos Sem Fronteiras da Espanha. Ao lado dele, também trabalham socorristas do Reino Unido, Qatar e Emirados Árabes Unidos.
In response to the devastating aftermath of the earthquake in Morocco, #UKISAR has mobilized a team on behalf of @FCDOGovUK.
? UK ISAR (@UK_ISAR_TEAM) September 11, 2023
The teams have been treating injured people and searching for survivors trapped under collapsed buildings in the mountains of Asni today.
Our heartfelt? pic.twitter.com/gM7iwzQsAv
O terremoto, registrado na última 6ª feira (8.set), destruiu aldeias inteiras na cordilheira do Atlas - cidade histórica de Marrakech - uma das principais atrações turísticas do Marrocos. Apesar de durar apenas cerca de 15 segundos, o abalo sísmico provocou a destruição de milhares de imóveis, afetando mais de 18 mil famílias.
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Até o momento, as autoridades calculam 2,8 mil mortos e 2,4 mil feridos, sendo 1,4 mil em estado grave. A Organização das Nações Unidas (ONU) afirmou que está acompanhando as ações de busca e salvamento e assegurou apoio ao governo do Marrocos na resposta às necessidades urgentes das famílias. A França também ofereceu ajuda ao país.