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Federação inglesa de futebol pune jogador por envolvimento em apostas

Esquemas de manipulação de jogos também são alvo de investigação nas principais ligas de futebol da Europa

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jogador Ivan Toney, do Brentford
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A federação inglesa de futebol anunciou, nesta 4ª feira (17.mai), uma punição ao jogador Ivan Toney, do Brentford, da primeira divisão da liga. O atleta deverá ficar oito meses fora de jogos profissionais, além de pagar o equivalente a R$ 350 mil em multa.

Ainda não está claro como Toney, que já vestiu a camisa da seleção inglesa, se envolveu no esquema criminoso, porém, o atleta foi enquadrado em um artigo que proíbe a participação de jogadores em apostas. Além disso, ele admitiu ter cometido mais de 200 infrações.

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Donos das ligas mais antigas do mundo, os europeus já viram muitas prisões, times grandes rebaixados, como a Juventus de Turim, e dezenas de atletas que aceitaram ser corrompidos por criminosos.

A lista é longa e não envolve apenas o futebol, como mostra o levantamento da Sportradar, empresa com sede na Suíça, que monitora 12 esportes para casas de apostas e federações do mundo inteiro.

Dos 92 países analisados no ano passado, a Europa teve o maior número de disputas suspeitas. Em todo o mundo, o futebol concentra mais da metade de casos, seguido do basquete e do tênis.

Apesar dos europeus ainda terem mais problemas, as fraudes cresceram muito mais na África e América do Sul, em comparação a 2021. Sinal de que os criminosos buscam mercados onde são menos vigiados. No ranking de países, o Brasil é disparado o que mais teve partidas suspeitas, seguido de Rússia, República Tcheca, Cazaquistão e China.

Países como Inglaterra, Espanha, Itália, Alemanha e França, que têm as ligadas de futebol mais valorizadas do mundo, deixaram as principais posições no ranking de jogos suspeitos com a regularização do mercado de apostas e uma estrutura própria de investigação, tanto no governo quanto na federação de futebol.

Outra estratégia foi diminuir o incentivo às apostas, e isso passa pela publicidade. Várias limitações já foram impostas. Na Europa, a legislação varia de país para país. Na Inglaterra, uma das últimas medidas tomadas foi proibir que as casas de apostas sejam o principal patrocínio nas camisas dos times da primeira divisão. A proibição vai valer a partir de 2025 e deixou de fora as mangas das camisas.

Para advogados especializados em legislação esportiva, como Marcel Belfiore, a experiência de quem já teve tantos problemas pode acabar ajudando o Brasil.

"Aqui, a gente tem a possibilidade de fazer, como sendo um dos últimos, algo que já vem dando certo lá fora. Então, a regulamentação brasileira, ela nada mais é do que um apanhado das melhores práticas do exterior", observa o advogado Marcel Belfiore.

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