"Renfield" traz Nicolas Cage como um dos melhores Dráculas dos últimos tempos
A interpretação 'à la Cage' é um deleite para os fãs do ator
SBT News
Mais uma versão do Drácula chega aos cinemas brasileiros. E agora com Nicolas Cage que entrega sua releitura do personagem clássico. A comédia de terror "Renfield -- Dando Sangue pelo Chefe", estreia nesta 5ª feira (27.abr) e traz os dramas pessoais e profissionais do assistente do vampiro mais egocêntrico de todos os tempos.
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Em épocas de relacionamentos tóxicos, o deles também vem à tona. Renfield cansou de ser o servo, o faz-tudo, do Conde Drácula, e tenta se libertar, se reinventar. Depois de décadas de dedicação e dependência, o ajudante, tão ambicioso quanto amargurado, quer se adaptar ao novo mundo, ir em busca da liberdade com o suporte de grupos de apoio para dependentes emocionais.
"Obviamente, a gente volta muito ao romance (Drácula, de Bram Stoker, de 1897) para descobrir como Renfield começou como personagem e como pessoa e ao filme de 1931, que é brilhante tanto quanto a performance icônica do ator Dwight Frye (Renfield). Então eu me conecto a isso, roubando coisas dessas referências, o quanto posso. Amo a risada dele, obviamente isso é parte do personagem", contou o ator Nicholas Hoult, que agora é Renfield.
O novo filme faz homenagens ao clássico da década de 1930 que imortalizou Bela Lugosi como Conde Drácula e até hoje é vista como a mais icônica produção sobre o personagem. E, tem a ambição de ser uma sequência do longa de noventa anos atrás, agora transportada para nossa era.
Uma comédia regada a sangue, piadas, um pouco de romance. Numa subtrama, cheia de ação, e o envolvimento de um cartel de drogas, também encontramos a personagem Rebecca, interpretada pela atriz Awkwafina.
Mas o melhor disso tudo é, sem dúvida, Nicolas Cage sendo um Drácula puramente a seu estilo. Com caras, bocas e dentes que trazem aos fãs do ator, um deleite de interpretação. Só ele, sem dúvida, já vale o ingresso.
"(Drácula) foi muito bem feito em algumas, mas a maior parte não foi bem. Então, eu olhei para às vezes que pensei que tinha sido bem feito, com (Bela) Lugosi, (Frank) Langella, Christopher Lee, (Gary) Oldman. Pensei, 'ok, esse é um bom ponto de partida' e meio que escolhi isso a dedo. Partindo daí, tentei encontrar algo que eu pudesse trazer para ele. E isso é exatamente o que tenho internamente. Tentei encontrar uma fusão de assustador e bem-humorado nas mesmas frases. A diferença para mim foi tentar atingir o equilíbrio entre comédia e terror", declarou Nicolas Cage na estreia do filme em Nova York.
Um enredo que disserta sobre a complexidade humana, mesmo entre imortais. Com dilemas entre o bem e o mal, dependência emocional, relacionamentos abusivos e ambições a qualquer preço. O quão longe você iria para alcançar a imortalidade? Comeria insetos?
"Eles se amam e também se atormentam. E há tanta dor até mesmo no Drácula pelo que Redfield faz com ele, tentando escapar dele. Então, há muito a ser resolvido emocionalmente entre eles", revela Hoult.
O filme foi dirigido por Chris McKay ("A Guerra do Amanhã", "Lego Batman: O Filme".