Mundo soma 22 mortes e mil casos prováveis de hepatite desconhecida
Balançado da OMS aponta para maioria das infecções em menores de seis anos de idade
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Pouco mais de mil casos suspeitos de hepatite aguda desconhecida foram notificados no mundo. Segundo novo balanço da Organização Mundial da Saúde (OMS), divulgado nesta 4ª feira (13.jul), a doença já foi registrada em 35 países, sendo Luxemburgo e Costa Rica as últimas nações a identificarem possíveis ocorrências.
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Entre 5 de abril (quando o surto foi detectado inicialmente) e 8 de julho de 2022, 22 mortes suspeitas da doença foram registradas, bem como 46 casos de transplante de fígado. Quase metade das infecções foi relatada na Europa, que conta com 484 ocorrências. O segundo maior número foi registrado nas Américas (435), seguido pela Região do Pacífico Ocidental (70), Sudeste Asiático (19) e Mediterrâneo Oriental (2).
Conforme testes laboratoriais, o adenovírus continua sendo o patógeno mais frequente detectado entre os casos (209) com dados disponíveis. Na região europeia, por exemplo, o vírus foi identificado em cerca de 52% das ocorrências. O SARS-CoV-2 (covid-19) também foi detectado em vários casos, mas permanece com os resultados de sorologia limitados.
Análises preliminares mostram que o quadro clínico da doença consiste em inflamação do fígado e inclui elevada taxa de enzimas hepáticas, fraqueza, vômito, diarreia e dores abdominais. Alguns casos também provocaram insuficiência hepática e necessitam de transplante. A doença acomete, sobretudo, crianças com até seis anos de idade.
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"Investigações epidemiológicas, clínicas, laboratoriais, histopatológicas e toxicológicas da possível etiologia (ou etiologias) dos casos estão em andamento por diversas autoridades nacionais, redes de pesquisa, em diferentes grupos de trabalho da OMS e com parceiros", informou a OMS, acrescentando que, até o momento, casos epidemiológicos da hepatite aguda desconhecida foram relatados apenas na Escócia e nos Países Baixos.