Caso Henry: mãe revela ameaças de morte sofridas na cadeia
Ex-vereador Jairinho deve prestar novo depoimento no próximo mês

SBT Brasil
A Justiça do Rio de Janeiro ouviu Monique Medeiros, mãe do garoto Henry Borel, quase 10 horas. Ao rientação sobre mentir no primeiro depoimento, segundo ela, teria partido do advogado André França, que na época representava ela e o ex-companheiro, o ex-vereador Jairinho.
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"Era a história perfeita, como se o Jairinho tivesse me acordado e ele tivesse dormido a noite inteira. Essa era a história criada pelo doutor André", afirmou Monique
Presa desde abril do ano passado, a mãe de Henry disse ter sido ameaçada de morte por detentas e uma agente penitenciária. "Elas diziam que eu era assassina, que eu tinha permitido, que elas iriam me matar, que elas iriam me dar canetada no ouvido, que elas iriam passar por mim, iam jogar água fervendo, não sei como elas têm água fervendo".
Ela disse ainda que foi intimidada pela advogada Flávia Fróes, que defende Jairinho. Durante a audiência, Monique Medeiros não respondeu às perguntas feitas pela advogada.
Flávia se defendeu atribuindo a culpa ao advogado de Monique, Thiago Minagé: "porque ele é um criminoso. Ele responde por crime de calúnia na 23ª Vara Criminal, isso está ajuizado e vai ser falado nos altos da 23ª, onde ele é réu".
Monique e Jairinho são acusados por homicídio triplamente qualificado pela morte de Henry Borel, de quatro anos. No fim da audiência, a juíza Elisabeth Machado Louro anunciou que Jairinho será ouvido no dia 16 de março.
Esse novo depoimento foi marcado porque o ex-vereador afirmou que só falaria sobre o caso se novas provas fossem analisadas, como imagens do IML e do hospital para onde Henry foi levado, além de documentos da perícia. Depois que a fase de depoimentos dos dois réus for concluída, a juiza irá decidir se Jairinho e Monique irão a júri popular.
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