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Justiça

Integrantes do PCC presos no Paraguai queriam roubar banco no Brasil

Entre os 14 criminosos, está o homem escolhido para controlar tráfico de drogas e armas na fronteira

Imagem da noticia Integrantes do PCC presos no Paraguai queriam roubar banco no Brasil
14 integrantes do PCC presos na fronteira com o Paraguai | Secretaria nacional antidrogas do Paraguai
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Catorze integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC), a maior facção criminosa do Brasil, presos na noite da última 3ª feira (23.mar) em um lava-rápido, em Pedro Juan Caballero, no Paraguai, planejavam roubar uma agência bancária no Brasil nos próximos dias. As informações foram levantadas pela Polícia Federal e pelo governo paraguaio. 

"Esse tipo de reunião não é frequente justamente para evitar que as autoridades prendam vários integrantes de uma vez. Esse tipo de encontro se dá em uma fase final, quando se está a ponto de cometer a ação planejada", disse Francisco Ayala, responsável pela comunicação da Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai em entrevista exclusiva ao SBT News. No lava-rápido, foram apreendidos fuzis, carros e celulares que seriam usados no crime. 

Segundo Ayala, todos os presos possuem antecedentes criminais por tráfico de drogas e armas. Entre eles está Weslley Neres dos Santos, o "Bebezão". De acordo com Elvis Secco, delegado da Polícia Federal responsável por investigar facções criminosas, é incorreto dizer que o criminoso é "líder ou número um" do crime organizado na região, já que quem comanda o tráfico é o PCC em si e não uma única pessoa.

"A presença do PCC é constante na fronteira. O que acontece é que a Polícia Federal vai identificando essas pessoas e outros membros vão ocupando esses espaços com as prisões", disse Secco. 

O delegado afirma que "Bebezão" foi escolhido há poucos meses pela cúpula da facção para coordenar a logística do crime organizado na fronteira entre Brasil e Paraguai. "Ele é membro do PCC, com o intuito de ocupar aquele espaço territorial que é um espaço importante para a facção criminosa na questão do tráfico de drogas e também na questão de ter acesso a armamentos para fazer assaltos", explicou. 

Weslley Neres dos Santos usava uma carteirinha de estudante de medicina da Universidad Central del Paraguay. Segundo o governo paraguaio, essa era uma maneira de circular pelo país sem levantar suspeitas, estratégia que, até então, era inédita para a polícia. "Uma realidade em Pedro Juan Caballero é a presença de muitos jovens brasileiros que vêm para a cidade estudar. Acreditamos que essa foi uma estratégia dele. Esse foi o primeiro caso que chegou ao nosso conhecimento", afirmou Francisco Ayala. 

Antes de "Bebezão", quem ocupava a função de "gerente do PCC" na fronteira era Giovani Barbosa da Silva, o Koringa, preso pela Polícia Federal em janeiro deste ano também em Pedro Juan Caballero. Desde 2016, com a morte do narcotraficante Jorge Raafat, a facção brasileira domina a região. 

Dos 14 presos no lava-rápido, seis são brasileiros. Na tarde desta quarta-feira (24), eles foram extraditados para o Brasil e transferidos para a Penitenciária Federal de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. 

Logo mais veja aqui a matéria do SBT Brasil que traz imagens exclusivas do Koringa com a namorada em um hotel próximo do Paraguai, meses antes de ser preso.

Assista à reportagem completa do SBT Brasil
 
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