Número de refugiados ucranianos após invasão russa passa de 15 milhões
Maioria dos civis continua ingressando em países fronteiriços; chegada do inverno agrava situação
O número de refugiados ucranianos em meio à invasão russa chegou a 15 milhões nesta 5ª feira (10.nov). A cifra, divulgada pela Organização das Nações Unidas (ONU), supera a previsão inicial feita pela entidade em abril, de 8 milhões, sendo considerada a maior movimentação migratória desde a Segunda Guerra Mundial.
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Até o momento, a Rússia é o país fronteiriço que mais recebe civis ucranianos, contabilizando mais de 2,8 milhões de pessoas. Em seguida, estão Polônia (1,4 milhão), Eslováquia (100 mil), Moldávia (95 mil) e Romênia (88 mil). Dos 7,8 milhões refugiados na Europa, apenas 4,6 milhões estão inscritos em programas de proteção.
"Oito meses depois, vidas e infraestruturas civis estão sendo indesculpavelmente destruídas na Ucrânia. Enquanto falamos, meus colegas estão me relatando cenários horríveis", disse o Alto Comissariado da ONU para os Refugiados, Filippo Grand. Segundo ele, as respostas coletivas serão ainda mais necessárias com a chegada do inverno.
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No início da semana, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, voltou a comentar sobre os "ataques em massa" da Rússia contra infraestruturas de energia elétrica, deixando milhares de moradores sem luz. No geral, estima-se que 30% de todo o sistema de energia ucraniana tenha sido destruído desde o início da ofensiva militar.