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Crime

Crianças e adolescentes ficaram mais vulneráveis à violência sexual na pandemia

Relatório da UNICEF mostrou que, diferentemente dos crimes, as denúncias dos casos diminuíram durante o isolamento social

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Criança com medo de abusador
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Crianças e adolescentes ficaram mais vulneráveis à violência sexual durante a pandemia de Covid-19. É o que revela um relatório do Fundo das Nações Unidas (UNICEF), do instituto Sou da paz e do Ministério Público do estado de São Paulo (MPSP).

A conclusão do estudo, que analisou dados de janeiro de 2016 até junho de 2020, é de que os registros começaram a cair no final de março deste ano, coincidindo com o endurecimento das medidas de isolamento social. O resultado foi uma queda nas denúncias de 15% no primeiro semestre de 2020 em comparação ao mesmo período do ano anterior.

Antes da pandemia, havia uma alta tendência de comunicação de crimes sexuais, o que, de acordo com a pesquisa, aponta que os estupros não diminuíram, mas as denúncias sim.

Um dado classificado pelos próprios pesquisadores como o mais impactante do relatório é sobre o local onde os crimes ocorreram com mais frequência durante a pandemia. Oito a cada 10 meninas e meninos foram abusados sexualmente dentro de casa. A incidência desse tipo de abuso no ambiente doméstico foi 18% maior do que no ano anterior.

É considerado estupro de vulnerável todo ato sexual cometido contra vítima menor de 14 anos ou contra quem não tenha o discernimento necessário para oferecer resistência. As vítimas são, em maioria, do gênero feminino. O pico dos abusos contra meninas ocorre aos 13 anos e contra os meninos, mais cedo, entre quatro e cinco anos.

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